Notícias / Justiça

17/07/21 às 15:07

Defensor explica que investigação fundamentou a crença na inocência de condenado a 20 anos por latrocínio

Guilherme Rigon aguarda decisão do Tribunal de Justiça para atuar como custos vunerabillis no caso, auxiliando as advogadas de Leandro

Marcia Oliveira | Assessoria da DPMT

AguaBoaNews/Cuiabá

Imprimir Enviar para um amigo
Defensor explica que investigação fundamentou a crença na inocência de condenado a 20 anos por latrocínio

Foto: Assessoria

A história que está na página 2B desta quarta-feira (14/7) do jornal “A Gazeta” não é ficção. Ela narra o fatídico caso que alterou toda a vida do trabalhador braçal, Leandro Soares, acusado e condenado por um crime grave, latrocínio, por meio de provas, tanto testemunhais como materiais, que não ligam a autoria do crime a ele, o que sempre foi motivo de questionamento da Defensoria Pública de Mato Grosso.

Condenado a 20 anos e seis meses de prisão, a principal testemunha do fato, afirmou em uma declaração, assinada em cartório, que não reconheceu Leandro como um dos presentes em sua casa, no dia em que seu pai foi morto. Mas, reconheceu uma das pessoas, condenada pelo crime, que afirma que Leandro não estava com ele. 

Já existem provas, na contestação da condenação, que um condenado pelo crime e um acusado em outro processo, assumem o latrocínio. Ambos inocentam Leandro, o que faz o caso ter três elementos no evento criminoso que o inquérito aponta a participação de apenas duas pessoas.

O fato acima sozinho seria o suficiente para causar estranheza e favorecer a revisão de uma condenação. Mas, além das provas materiais que não implicam Leandro e das testemunhais que o desabonam, a primeira pessoa a associar o nome dele ao crime, uma usuária de drogas que ele não conhecia, nunca foi encontrada na fase processual para garantir a acusação.

Além de Leandro, ela citou o nome de outra pessoa que teria agido com ele, porém, essa pessoa estava presa por outro crime, no dia do latrocínio.  

Vários defensores públicos identificaram todos esses elementos e perseguiram a absolvição de Leandro, sem sucesso. Atualmente, ele tem o acompanhamento das advogadas, Jacqueline Oliveira Mesquita e Daiane Rodrigues Gomes Coelho, mas o defensor Guilherme Rigon, teve autorização do órgão para atuar como "custos vulnerabilis" no processo, e aguarda decisão do Tribunal de Justiça.

Rigon acredita na inocência de Leandro, pois investigou o caso e localizou a arma usada no latrocínio, apreendida junto com um adolescente, investigado por outro crime. Esse adolescente assumiu o latrocínio posteriormente, o que entrou como prova no processo, isentando Leandro. Com o pedido ao TJ, o defensor pretende somar esforços e auxiliar as advogadas na comprovação da inocência de Leandro.

Para ler a matéria, clique aqui. 

 Ver o vídeo abaixo no qual o defensor Guilherme Rigon fala sobre o caso>>>

Vídeo Relacionado

comentar  Nenhum comentário

AVISO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Agua Boa News. É vetada a inserção de comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros. O site Agua Boa News poderá retirar, sem prévia notificação, comentários postados que não respeitem os critérios impostos neste aviso ou que estejam fora do tema da matéria comentada.

 
 
 
Sitevip Internet