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11/04/21 às 17:57 / Atualizada: 11/04/21 às 18:05

Nem só de malte, lúpulo e água se faz uma cerveja; veja bebidas diferentes

Cervejarias apostam em outras bases além do milho, trigo e malte. Ingredientes na mistura também trazem outros sabores à bebida

Canal Rural

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Foto: Dádiva/divulgação

A presença de milho na composição das cervejas mais comerciais desagrada alguns amantes de uma boa gelada. Para eles, uma cerveja é composta por malte, lúpulo e água. Por isso, as principais marcas em atividade no Brasil possuem linhas puro malte.

E com a popularização das cervejarias artesanais, a fórmula vem ganhando novos ingredientes. Alguns tornam o amargo característico da bebida mais brando, outros até chegam a torná-la adocicada. A fábrica Moagem, de Mato Grosso do Sul, por exemplo, trabalha com produtos que levam tereré (famoso entre imigrantes do Sul no Centro-Oeste) e guavira.

Já a cervejaria Dádiva preparou uma linha de cervejas que trazem como ingredientes principais frutas tropicais e exóticas brasileiras. “As sours são bebidas muito refrescantes que assumem certo protagonismo nos dias mais quentes devido à acidez e ao costumeiro corpo leve, característica observada nos rótulos da linha”, diz a empresa.

São três versões: com cupuaçu, cajá-manga e graviola. “Todas possuem 6,3% de teor alcoólico, são turvas e apresentam coloração amarelo-palha. Elas acompanham comidinhas leves, como peixes grelhados, Panna Cotta e castanhas”, detalha.

No mundo, os cervejeiros são ainda mais “criativos” e dão toques de coisas inusitadas, como bacon, pizza, peixe e tomate.

Já imaginou tomar uma cerveja de soja?

Além dos ingredientes que dão novos toques à cerveja, também há composições com outras bases, como o trigo. Mas vai muito além dele: avança a produção de cervejas de mandioca e de soja, por exemplo.

Os cervejeiros do interior estão olhando para as riquezas da produção agrícola no país e pensando em novos produtos. Esta semana, a cervejaria Moagem lançou a Soy Bier, uma bebida à base de soja.

Os grãos são selecionados pelo pai do Felipe Zuffo, o agrônomo e agricultor Nilson Zuffo, em São Gabriel do Oeste (MS). “Muitos estilos de cerveja surgiram disso, de fatores regionais, mundo afora. O equipamento que se tinha disponível na região, o conhecimento e técnicas para produção, e muitas vezes também os ingredientes disponíveis, eram fatores predominantes que definiam o produto final”, diz Felipe Zuffo.

Por enquanto, a comercialização da Soy Bier está restrita a Mato Grosso do Sul, mas em breve o empresário pretende ampliar a comercialização.
 
cerveja de sojaFoto: Cervejaria Moagem/divulgação
 
Também no Centro-Oeste, mas desta vez em Goiás, é a mandioca quem está sendo beneficiada pela inventividade das fábricas de cerveja. A Secretaria da Agricultura do estado fechou parceria a Ambev e passou a fornecer mandioca para a produção da Esmera.

A medida trouxe mais rentabilidade aos agricultores. “Os pequenos produtores de mandioca estão sendo os protagonistas do programa. O governo está trabalhando para democratizar o acesso à informação, oferecendo cursos, possibilitando o aumento de produtividade, trabalho e renda. Já instalamos nove pontos de acesso a internet via satélite nos assentamentos”, conta o superintendente de Produção Rural Sustentável da Secretaria de Agricultura do estado, Donalvam Maia.

De acordo com a Ambev, criação da Esmera a partir da mandioca, ingrediente presente na história e cultura local, ajuda a equilibrar e trazer leveza e refrescância, sem perder o sabor tradicional de uma cerveja.

 
garrafa de cerveja EsmeraFoto: Ambev/divulgação
 
Para as entidades do agronegócio, essas iniciativas são muito bem-vindas, pois agregam valor à produção agrícola, além de gerarem empregos e renda. “A cerveja faz parte das confraternizações brasileiras e a soja tem atingido safras recordes consecutivas, pela eficiência do produtor aliada à evolução científica. Isso pode estimular um casamento perfeito, a médio prazo”, aposta o presidente da Aprosoja-MS, André Dobashi.

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