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19/12/15 às 18:14

COM 33 SEMANAS: Trigêmeas nascem precisando e ajuda

Natália Araújo, repórter de A Gazeta

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Mayara, Yasmim e Eloísa chegaram ao mundo na tarde de ontem (18), no Hospital Geral Universitário (HGU), em Cuiabá. As trigêmeas nasceram de 33 semanas de uma gestação de risco e os pais precisam de ajuda, principalmente com leite e fraldas porque a família não tem condições de arcar com as despesas, após ser surpreendida com a gravidez múltipla.“Emocionante, achei que não aguentaria ver o nascimento delas, mas consegui ver a chegada delas”, conta o pai, o prestador de serviços Hélio Francisco Vitor Cecotti, 58.

Apesar da alegria de poder ter as meninas nos braços, ele comenta que a preocupação agora é com a amamentação das bebês e com a quantidade de fraldas que serão necessárias, uma vez que apenas ele está trabalhando. “Do resto a gente dá conta e corre atrás, se esforça”, diz. Zizileia Farias Coutinho, 32, também trabalhava, ela era responsável pelo recebimento de materiais de obra na construção civil, mas quando estava chegando ao quinto mês de gestação, não conseguiu mais desempenhar a função e foi afastada.

Desde então, apenas Hélio tem suprido a família que é formada pelo casal e dois, dos três filhos do casamento anterior de Zizileia, André de 12 anos e Ana Paula de 15. “Tentei o benefício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), mas a minha perícia está marcada para fevereiro, quando as meninas já estarão com dois meses”, diz.

Casados há quatro anos e meio, ela e o marido planejaram ter um filho juntos. Ela interrompeu o uso do anticoncepcional e então engravidou. A notícia foi recebida com euforia. Durante uma ultrassom, Zizileia soube que esperava gêmeas univitelinas, ou seja, aquelas que dividem a mesma placenta. “Foi um choque porque na minha família não tem casos, então nem imaginava que aconteceria comigo”.

Ao repetir o exame tempos depois, a novidade: na verdade, eram três meninas, a outra estava em outra placenta, escondida. “Chorei muito, quase morri. Senti muito medo, muita ansiedade por-que é muita responsabilidade”, lembra a mulher. A notícia foi recebida pelos outros filhos com emoção, por Ana Paula e com um questionamento por parte de André. “Por que três, mãe?”, conta Zizileia, aos risos.

Helio recorda que enquanto não sabia o sexo das bebês, chegou a dizer para a mulher que gos-taria que fossem três meninas. “Tenho uma filha de 30 anos que só me trouxe alegria, gostaria que isso continuasse com as outras”, afirma. A internação aconteceu na última terça (15) quando Zizileia deu entrada no HGU com três centímetros de dilatação. O parto cesariano foi realizado ontem e as meninas nasceram com pouco mais de um quilo e 500 gramas e estão no quarto com a mãe. 

Interessados em ajudá-los com doação de roupas, fraldas ou mantimentos também podem deixar no setor de Doações e Voluntariado do HGU.

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