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19/11/15 às 21:08

Operação Protheus: Empreiteiras desviaram mais de R$ 30 milhões. Confira vídeo

Jéssica Moreira

Gazeta Digital

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A Operação Protheus, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (19), cumpriu 19 mandados de busca e apreensão e 16 conduções coercitivas em Cuiabá, Rondonópolis, Cotriguaçu, além de um em Brasília (DF). Todos que prestaram depoimentos à PF foram liberados, a exceção de uma pessoa presa em flagrante por posse ilegal de arma de fogo.

O delegado de Combate ao Crime Organizado, Marco Aurélio Faveri, explicou que as investigações apontam para um rombo de no mínimo R$ 30 milhões em contratos firmados, que totalizam R$ 120 milhões.

Dezesseis contratos assinados com prefeituras do interior se referem à execução de obras de saneamento básico, sendo que 13 foram cancelados por fraudes e uma nova licitação foi feita. Estima-se que mais de 100 mil pessoas foram afetadas pela não finalização das obras.

As fraudes envolvem pessoas jurídicas e "laranjas" a fim de possibilitar a apresentação de diversas propostas no processo licitatório, com o intuito de simular competição. Na realidade favorecia apenas as empresas ligadas a um mesmo grupo empresarial, que apresentava preços superfaturados em prejuízo aos cofres públicos de diversos municípios.

O delegado informou que uma grande empresa está por trás do esquema, mas não teve o nome revelado para não prejudicar as investigações. Em alguns casos uma determinada empresa entra para perder e permitir que outra vença a licitação.

A PF chegou a pedir a prisão preventiva dos envolvidos nas fraudes que foi negado pelo Tribunal Regional Federal da 1º Região, sob alegação de que os suspeitos não oferecem riscos as investigações.

Entenda a Operação Protheus
A Polícia Federal em conjunto com a Controladoria-Geral da União, deflagrou hoje (19) a Operação Protheus, cujo nome se refere ao deus-grego da premunição, porque as empresas entravam no certame com a garantia que iriam vencer.

O objetivo da operação é desarticular organização criminosa que há mais de 10 anos desvia recursos públicos de municípios em Mato Grosso, através de fraude em licitações, falsidade ideológica, superfaturamento de preços, corrupção ativa e passiva.

CGU explica como funcionava o esquema

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