As exportações mato-grossenses de produtos do agronegócio fecharam o primeiro semestre de 2019 com receita de US$ 3,78 bilhões, registrando o maior saldo comercial do país para o período.
Apesar de uma retração de 4,10% em relação ao acumulado em igual momento de 2018, os embarques mato-grossenses ficaram a frente da movimentação registrada em São Paulo, US$ 3,18 bilhões – que ocupa a segunda posição – e do Paraná com US$ 2,69 bilhões, terceiro lugar do ranking nacional. De janeiro a março do ano passado a receita estadual somou US$ 3,94 bilhões, conforme dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Nesse período, o melhor momento para o embarque dos produtos do agro foi fevereiro, cujo faturamento gerou US$ 1,38 bilhão. Março foi o segundo melhor mês, com US$ 1,34 bilhão. Janeiro somou outros US$ 1,07 bilhão.
O carro-chefe das exportações segue sendo o complexo soja (grãos, farelo e óleo), produto que responde por 61,74% da receita gerada nos últimos três meses. Com 19,28% de participação está o milho. O complexo carnes (aves, suínos e bovinos) respondem por 8,84% e o algodão por 8,34%.
NEGÓCIOS - A receita do agro representa 98% do faturamento global registrado pelo Estado nos primeiros três meses do ano, em US$ 3,87 bilhões.
Dados do Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Mato Grosso encerrou o primeiro trimestre do ano ocupando a 5ª posição entre os maiores estados exportadores do país. A receita é 5,82% maior frente a contabilizada em igual intervalo do ano passado. Ainda pelas estatísticas se observa que o saldo da Balança Comercial mato-grossense é o segundo maior do período, US$ 3,41 bilhões, atrás apenas do verificado em Minas Gerais, US$ 3,58 bilhões. Esse indicador reflete a diferença entre a receita gerada pelas exportações – US$ 3,87 bilhões – e o desembolso para custear as importações, que no caso de Mato Grosso somou US$ 466,93 milhões, cifras acumuladas de janeiro a março. No mesmo momento do ano passado, o saldo comercial fechava ligeiramente superior, US$ 3,43 bilhões.
BRASIL - No mês de março, as exportações do agronegócio somaram US$ 8,64 bilhões, valor 5,3% inferior aos US$ 9,12 bilhões exportados em março de 2018. A queda do valor exportado ocorreu em função, principalmente, da queda dos preços internacionais dos produtos exportados pelo Brasil. O índice de preço dos produtos exportados pelo agronegócio teve redução de 6,4%, porcentagem que foi em parte compensada pela elevação de 1,2% no volume das exportações.
A participação dos produtos do agronegócio nas exportações brasileiras, teve elevação de 1,5 ponto percentual, chegando a 47,6% de participação. O aumento da participação ocorreu apesar da queda de 5,3% nas vendas externas dos produtos do agronegócio, pois as exportações dos demais produtos apresentaram queda superior, de 14,2%.
Os cinco principais segmentos exportadores do agronegócio brasileiro foram: complexo soja (US$ 3,98 bilhões; 46,0% do valor exportado); carnes (US$ 1,23 bilhão; 14,3% do valor exportado); produtos florestais (US$ 1,10 bilhão; 12,7% do valor exportado); café (US$ 467,39 milhões; 5,4% do valor exportado); complexo sucroalcooleiro (US$ 392,70 milhões; 4,5% do valor exportado).
A participação desses cinco principais segmentos foi de 83% do valor total exportado pelo agronegócio brasileiro em março. No mesmo mês do ano anterior, as exportações desses setores tiveram participação de 84,2% do valor total exportado em produtos do agronegócio. Ou seja, houve desconcentração nas exportações do setor.