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25/03/19 às 22:55

Títulos públicos ou debêntures? Qual é a melhor opção de investimento

Victor Alencar

Agua Boa News

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Buscar uma aplicação financeira que mais se adeque ao planejamento é uma tarefa que, embora demande tempo, é também compensadora. Trata-se de um trabalho mais pessoal do que técnico, em que os melhores investimentos são definidos pelos objetivos e perfil que o investidor possui.
 
Não existe uma fórmula mágica, ou seja, não há uma aplicação indicada a todos os momentos e pessoas. Há, no entanto, algumas mais versáteis, que se encaixam facilmente em mais de uma situação, como é o caso dos títulos de renda fixa — privados e públicos.
 
O Tesouro Direto, por exemplo, título público, está entre os mais escolhidos do mercado financeiro; já as debêntures, um título privado, conquista cada vez mais espaço nas carteiras dos investidores. Ambas com pontos positivos e negativos, claro, mas com particularidades que podem ajudar a definir quando optar por um ou por outra.
 
De todo modo, elas fazem parte da cesta de ativos dos mais diversos perfis de investidores; pode equilibrar a carteira de um jovem de perfil mais agressivo, ou ser a aplicação principal de um trabalhador de perfil conservador. Aqui, é importante lembrar que existem três tipos de investidor, classificados pela relação risco x retorno:
  • conservadores: prezam pela segurança acima de tudo. Assim, podem abrir mão de maiores rendimentos;
  • moderados: prezam pelo equilíbrio. Por isso, estão mais dispostos que os conservadores a assumir alguns riscos em nome da rentabilidade,
  • agressivos ou arrojados: prezam pelo retorno. Então, investem em ativos mais arriscados em busca de rendimentos acima da média.
Os perfis mais agressivos estão mais sujeitos a rentabilidade negativa, por conta do risco de crédito. Por conta disso, utilizam os títulos de renda fixa para compensar eventuais perdas que venham a ter. Já os conservadores focam na renda fixa justamente por oferecer segurança e estabilidade, quase sem riscos.
 
Assim, como dito anteriormente, é fundamental fazer uma análise pessoal antes de pensar na técnica. Com isso, é possível definir quais os melhores ativos para compor a carteira. Mas, entre os títulos da renda fixa, como saber qual o mais indicado?

Vantagens e desvantagens dos títulos públicos
Como já se sabe, o Tesouro Direto é um título público brasileiro e, claro, um dos queridinhos entre a maior parte dos investidores, principalmente os menores. Foi desenvolvido para quem possui nível menor de experiência e, por isso, é bastante simples, com aporte inicial de R$30.
 
No entanto, essa não é a característica que mais chama atenção. A sua segurança é tamanha que se trata do investimento com menor risco de crédito do país! Na prática, é quase impossível perder dinheiro ao investir no Tesouro, pois ele está ligado ao Governo, que sempre honra seus débitos.
 
O risco de mercado também é quase nulo, pois não é um investimento volátil, que gera preocupação de compra e venda — como ocorre nas ações, por exemplo. Possui alta liquidez e, portanto, é ideal para reservas de emergência, visto que é possível ter o dinheiro em conta corrente com facilidade.
 
No entanto, por não oferecer riscos práticos e ter alta liquidez, os títulos públicos têm rendimentos mais baixos; na balança, é perfeito para conservadores, pois abrem mão de melhores retornos em nome da segurança. Outro ponto negativo é a incidência de impostos, IOF e IR, cobrados regressivamente conforme o tempo de aplicação.

Vantagens e desvantagens das debêntures
Indo de encontro aos títulos públicos, as debêntures podem oferecer isenção de impostos, a depender de onde se investe — são as chamadas debêntures incentivadas. Tratam-se de títulos privados ligados à setores estratégicos do país, como infraestrutura, e contam com o incentivo do Governo.
 
Outro ponto interessante é a versatilidade das debêntures: existem diversos tipos, sendo que alguns ainda podem ser convertidos em ações. Assim, são mais indicados para investidores que pretendem manter um vínculo com a empresa emissora do título. Assim, as debêntures são boas opções para perfis moderados e arrojados.
 
Quanto à rentabilidade, é uma das mais interessantes da renda fixa, por se tratar de título privado. Bancos menores, que precisam de mais recursos, oferecem condições melhores e, por isso, retornos mais vantajosos. Unido à isenção dos impostos ainda, o rendimento líquido está entre os melhores do mercado.
 
Claro, por conta disso também, o risco em investir em debêntures é maior do que nos títulos públicos. Principalmente no caso de bancos menores, o risco de crédito — ou calote — é maior; ou seja, é possível que o investidor perca dinheiro porque a instituição não pode pagar. É também uma aplicação que não conta com a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

Qual é o melhor investimento?
Não existe investimento perfeito. Há, na realidade, uma análise pessoal bem feita que resulta em uma carteira de ativos adequada a cada um, com uma combinação de investimentos específica. Por isso, não é possível dizer que os títulos públicos são melhores que as debêntures, ou vice-versa.
 
No entanto, por um lado, os títulos do Tesouro Direto são mais indicados para perfis conservadores, como ativo principal, ou para diversificar a carteira em agressivos; por outro lado, as debêntures já se encaixam na cesta de ativos dos que podem assumir mais riscos, como os moderados, que buscam equilíbrio na relação risco x retorno.

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