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24/03/19 às 21:04

Projeto audiovisual vista aldeia indígena da Ilha do Bananal para contar mitos da comunidade

Projeto para realização de filme de animação sobre os mitos dos povos originários do Brasil vai capacitar e trabalhar com jovens de aldeias do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins que cocriarão roteiros, realizarão entrevistas e filmagens.

Agência Tocantins

AguaBoaNews

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Projeto audiovisual vista aldeia indígena da Ilha do Bananal para contar mitos da comunidade

Foto: Divulgação

No dia 21 de março, a equipe da Zureta Filmes, de São Paulo, inicia uma imersão nas tradições de comunidades indígenas de três estados brasileiros para coletar e produzir em conjunto com jovens moradores das aldeias um média-metragem em capítulos sobre os mitos indígenas. Durante 30 dias, o grupo formado por cinco profissionais visitará as aldeias São João (Javaé, Parque do Araguaia, Ilha do Bananal, TO) – de 22 a 27 de março –, Afukuri (Kuikuro, Parque do Xingu, MT) – de 1º a 6 de abril – e São João (Kadiwéu, MS) – de 10 a 16 de abril –. Após a coleta de informações e de imagens, o grupo retornará a São Paulo onde realizará a montagem e animação do filme. No segundo semestre de 2019, o grupo retornará às aldeias para apresentar às comunidades o resultado do projeto para logo em seguida apresentar ao público em geral.  O projeto "Mitos indígenas em travessia" é realizado pela Zureta Filmes com o patrocínio da Energisa por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura da Secretaria Especial da Cultura, vinculada ao Ministério da Cidadania.

Participam da primeira etapa do trabalho a diretora Julia Vellutini, o artista e animador Wesley Rodrigues, o diretor de fotografia Eduardo Makino, a coordenadora Débora Renata R. de L. Pinto e o técnico de Som Direto Igor Pera. O projeto Mitos Indígenas Em Travessia tem como objetivo principal coletar e disseminar a cultura de comunidades indígenas por meio da troca de experiências e conhecimento em   aldeias de etnias diversas. O grupo ficará de seis a sete dias em cada aldeia onde irá conviver com a comunidade   e desenvolver o trabalho de pesquisa por meio da troca de experiências e conhecimento. Serão selecionados os parceiros locais para a cocriação do roteiro de audiovisual e a captação de imagens para o filme de animação.

Durante a imersão, em cada aldeia será formado um grupo de até 15 jovens locais que participará de uma convivência para a troca de informações e conhecimentos. Entre os conteúdos que serão abordados por parte da equipe da Zureta Filmes está a construção de narrativas para o audiovisual com base no tema dos mitos locais, como também conhecimentos técnicos de captação de imagem e som e ilustração.  A partir de então, todas as ações seguintes serão realizadas em conjunto pelos jovens e a equipe da produtora de filmes. O grupo realizará as pesquisas e escolherá os membros da aldeia que serão entrevistados e filmados durante o processo de transmissão dos mitos. Dessas entrevistas serão retiradas as informações para a construção do pré-roteiro que alimentará o filme animado. O grupo pesquisará e decidirá quais as locações que melhor representam os mitos relatados.

Juntos, esse grupo iniciará a fase de pesquisa e seleção dos mitos, elegendo os personagens locais de cada aldeia com aptidão para contação e transmissão de mitos locais. Estes personagens serão entrevistados conjuntamente e convidados a serem filmados durante suas respectivas transmissões dos mitos. Desses personagens, o grupo elegerá 2 que se tornarão a base para a construção do pré-roteiro que alimentará o filme a ser produzido.

O material colhido nas aldeias seguirá para a produtora em São Paulo para ser editado, animado e sonorizado. O filme irá incorporar animações que se sobrepõem às imagens captadas nas aldeias, construindo assim uma nova narrativa animada. Os personagens citados nos mitos e discutidos em grupo ocuparão o mesmo plano das imagens captadas. No lugar das cenas documentais, entrarão cenas animadas por cima de material captado nas aldeias, apresentando graficamente os seres e elementos que aparecerão nos mitos. O média-metragm será apresentado às comunidades indígenas de 1º de novembro a 20 de dezembro. O projeto contará ainda com uma plataforma digital e um canal no Youtube onde o filme poderá ser visto e compartilhado gratuitamente.

A diretora Julia Vellutini comemora a parceria com a Energisa que aceitou patrocinar o projeto "Mitos indígenas em travessia" por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. "Não fosse pelo patrocínio da Energisa, parte a história remanescente desses povos que compõem a matriz da identidade étnica e cultural brasileira aos poucos pode ir se perdendo", afirma a diretora. "Este projeto tem como objetivo não apenas captar as imagens e divulga-las ao público, mas também pretende ser uma parte importante no resgate de tradições, vivências e falares indígenas tão importantes para a preservação cultural bem como para oferecer um novo olhar sobre essas comunidades, e assim dar mais um passo em direção ao conhecimento sobre quem somos, de onde viemos e o que queremos para o nosso futuro como seres humanos", completa Julia.

O público poderá acompanhar o projeto pelas redes sociais Facebook/@mitosindigenasemtravessia e Instagram/@mitosindigenasemtravessia. Durante o trajeto e a imersão nas aldeias o grupo irá postar seu diário de viagem em fotos, vídeos e textos.

Sobre a equipe

Julia Vellutini é criadora, roteirista e diretora da série infantil em animação "Os Firmezas" (vencedor do edital PRODAV 05 FSA/BRDE 2015). É também cocriadora da série "As Aventuras de Benny & Roo" (vencedor do edital PRODAV 05 FSA/BRDE 2014). Dirigiu os curtas metragens animados "As Aventuras de Benny & Roo – Baby Roo", "Natureza Morta, Natureza Viva", "As Bordadeiras" (financiado pelo ProAc Editais 40/2014), e "O Awa Poanpé" (financiado pelo ProAc Editais 24/2014) todos em animação, o ultimo exibido em festivais no Brasil e exterior. Julia também atua na criação e confecção de personagens, sendo que sua marca "Minhoca Handmade Toys" foi, em 2013, destaque do francês Fubiz.

Wesley Rodrigues é animador, ilustrador e quadrinista. Dirigiu os curtas-metragens "O Violeiro Fantasma", que ganhou o prêmio de melhor direção de arte e trilha sonora no Festival de Gramado em 2017; "Viagem na Chuva", premiado como melhor curta brasileiro no Animage (PE) em 2014 e como melhor produção goiana no FICA/GO em 2014; e "Faroeste — Um Autêntico Western", que ganhou o prêmio de melhor curta brasileiro pelo voto do público no Anima Mundi 2013, o prêmio de melhor curta brasileiro no Animage em 2013, o prêmio de melhor curta pelo voto do público e melhor animação pelo júri oficial em Brasília em 2013 e a menção honrosa para o filme e a trilha sonora no Festival de Sapporo, no Japão, em 2013. Publicou a HQ "Luiz Gonzaga - Asa Branca - O Menino Cantador" (Retina78/Funarte, 2012), em parceria com Maurício Barros de Castro. Ilustrou diversos livros, entre eles "O fantasma de Canterville" (LeYa, 2011), de Oscar Wilde, e "O Circo Mecânico Tresaulti" (DarkSide®️ Books, 2016. 2. ed.), de Genevieve Valentine.  Wesley foi o homenageado nacional do Anima Mundi 2018. Atualmente, desenvolve seu primeiro longa-metragem, "O Reino dos Pássaros", e produz dois curtas, "O Astronauta de Papel" e "O Sonho de Alice".

Eduardo Makino começou a trabalhar no cinema há 25 anos, iniciando sua carreira como assistente de câmera e atuando há quase 10 anos como diretor de fotografia com cinema publicitário, curtas-metragens, longas-metragens, documentários, diversos trabalhos realizados com NHK (Japão) desde 1999 com índios no Brasil) e Séries para TV. Como diretor de fotografia, trabalhou nos projetos "Como se Tornar o Pior Aluno da Escola" (2017), "A felicidade de Margo" (filme para TV) (2017), "Politicamente Incorreto" (Série de TV) ( 2014),  "A Despedida" (2014), "A Produtora" (TV Series) (2014), "The Owner" (2012), "180º" (curta) (2011), "Lucas" (curta) e "Alice diz adeus" (curta). Foi ganhador do prêmio de Melhor Direção de Fotografia no Festival de Gramado de 2014 e no Newport Beach Film Festival – EUA, no mesmo ano.

Foto Debora

Debora Ribeiro De Lima é graduada em Artes Cênicas e pós-graduada em Arte da Interpretação pela Universidade São Judas, cria, implanta e produz projetos que transitam pelo universo cultural. No teatro realizou espetáculos, atuando e produzindo, com os diretores Edu Silva, Elton Takii e Antônio Januzelli. Na música produziu a importante, e agora extinta, casa de shows paulistana Supremo Musical, além de artistas e projetos por todo país. A partir de 2006, junto ao CEBDS, desenvolve um trabalho que utiliza todas as artes como meio de educação para a sustentabilidade. Em 2010 colaborou com a criação da Virada Sustentável, maior evento de sustentabilidade do país, do qual é curadora e programadora e que está a caminho de sua sexta edição. Ainda em prol de temas ligados à sustentabilidade, Débora realizou a Virada da Maturidade, a primeira Mostra Anual de Teatro Infantil Sustentável, o (Re)Ciclo Musical, entre outros grandes eventos de conscientização. É cofundadora do Movimento Vivá, coletivo que trabalha em prol da cultura inclusiva e que realizou em 2015 a primeira edição do Festival de Cultura Inclusiva. Junto a cineasta Julia Vellutini, Debora desenvolve projetos com foco na transmissão de contos e mitos dos povos formadores da cultura brasileira.

Sobre a Energisa

Um dos principais grupos privados do setor elétrico do Brasil, a Energisa é o 5°maior em distribuição de energia do país e destaca-se pela ousadia planejada, pela busca incessante da excelência e pelo crescimento contínuo e sustentável. Com atuação em 862 municípios e presença em todas as regiões do país, possui comprovada experiência em distribuição, transmissão e comercialização, além de oferecer serviços e soluções integradas para o mercado de energia elétrica. Uma das primeiras empresas a abrir capital no Brasil, em 1905, a Energisa tem na distribuição de energia elétrica a base principal de um negócio que vem fazendo história há 114 anos. Em 2014, a companhia concluiu a aquisição de oito novas empresas distribuidoras, alcançando uma nova dimensão em um mercado cada dia mais exigente e seletivo. Na distribuição de energia elétrica, a Energisa atua por intermédio de 11 empresas situadas em: Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo, Paraná, Rondônia e Acre, atendendo a 7,7 milhões de clientes, alcançando cerca de 20 milhões de pessoas. São elas: Energisa Minas Gerais (MG), Energisa Sergipe (SE), Energisa Paraíba (PB), Energisa Borborema (PB), Energisa Nova Friburgo (RJ), Energisa Mato Grosso (MT), Energisa Mato Grosso do Sul (MS), Energisa Tocantins (TO), Energisa Sul-Sudeste (São Paulo, Paraná e sul de Minas Gerais), Ceron (Rondônia) e Eletroacre (Acre). Juntas, essas empresas correspondem com aproximadamente 2.034 milhões km2 de área de concessão da distribuição, mais de 19,6 mil km de linhas de transmissão, cerca de 600,3 mil km de linhas de distribuição, 683 subestações, total de 33.689 GWh de energia elétrica consumida, empregando mais de 14 mil colaboradores próprios.

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