O deputado federal Ezequiel Fonseca (PP) gastou uma média de R$ 71,9 por voto e não conseguiu se reeleger nas eleições deste ano. O valor é mais que o dobro do que gastou seu correligionário Neri Geller (PP), que foi o campeão em despesas de campanha entre os parlamentares eleitos para a Câmara Federal na próxima legislatura.
Ezequiel contraiu despesas num total de R$ 2,3 milhões e conquistou apenas 32,4 mil votos. Além disso, arrecadou R$ 92 mil a menos do que gastou e ainda não quitou todas as despesas, restando um débito de R$ 125 mil a serem pagos.
Outro deputado federal que disputou sem sucesso a reeleição e investiu alto na campanha foi Valtenir Pereira (MDB), que recebeu 44,1 mil votos a um custo médio por eleitor de R$ 46,7. O emedebista arrecadou R$ 1,9 milhão, mas gastou mais de R$ 2 milhões e pagou, até o momento, apenas R$ 1,8 milhão.
O custo médio do voto de ambos dos parlamentares foi mais alto do que o de Geller, que, embora tenha contraído despesas que quase atingiram o limite estipulado pela Justiça Eleitoral, de R$ 2,5 milhões, gastou R$ 33 reais por voto. As despesas do deputado, que foi eleito com 72 mil votos, chegaram a R$ 2,4 milhões na campanha.
Já Victorio Galli (PSL), terceiro parlamentar que não conseguiu ser reconduzido a uma cadeira na Câmara Federal nas eleições deste ano, é correligionário do deputado federal eleito com maior número de votos, Nelson Barbudo (PSL), que, curiosamente, foi o que menos gastou entre os representantes da próxima legislatura.
Enquanto cada voto de Galli custou R$ 13,5 reais, cada eleitor de Barbudo representou um custo médio de apenas R$ 0,9 centavos. Galli arrecadou R$ 722,2 mil e gastou R$ 718,6 mil para conquistar 52,9 mil votos. Barbudo, que recebeu 126,2 mil votos, gastou somente R$ 122,5 mil dos R$ 331,8 mil arrecadou.
Os valores estão presentes na prestação de contas dos candidatos à Justiça Eleitoral, cujo prazo se encerrou no último dia 6.