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26/09/15 às 09:07

Setas oferece 450 vagas no Dia D de Inclusão da Pessoa com Deficiência

Mayla Miranda

Setas

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Setas oferece 450 vagas no Dia D de Inclusão da Pessoa com Deficiência

Dia D de Inclusão do PCD

Foto: Mayla Miranda

Com quase 450 vagas de trabalho, participação de 50 empresas e cursos de qualificação, a Secretaria de Estado de Trabalho e Assistência Social (Setas) realizou nesta sexta-feira (25.09) o Dia de D de Inclusão da Pessoa com Deficiência na sede do Sine Matriz, em Cuiabá, e nas unidades de Rondonópolis, Barra do Garças, Guarantã, Água Boa, São José do Rio Claro e Cáceres. O evento contou com a parceria do Sistema S (Senai e Senac) e patrocínio de cursos de qualificação pela concessionária Rota Oeste. 

Para o secretário da pasta, Valdiney de Arruda, esta ação vai além da inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho. “É muito importante que as pessoas saibam que todos temos a capacidade de sermos produtivos, felizes e realizados no mercado de trabalho”, ressaltou o gestor, lembrando que entre as dificuldades da inserção no mercado de trabalho também está a superproteção da família que, muitas vezes, não acredita no potencial e autonomia da pessoa com deficiência. 

Para Izabel Aparecida da Silva, deficiente auditiva de 34 anos que está em busca de uma nova vaga de trabalho como auxiliar de produção, o Dia D é uma ação muito importante. “Eu já estive em várias empresas para levar currículo e até agora não consegui um trabalho novo, mas hoje, com várias oportunidades ofertadas aqui no SINE, tenho esperança de ser contratada”, ressaltou. 

Oportunidades 
Jaime Valterson Santos, deficiente físico, veio de Rondônia e está na capital há apenas sete dias. “Tenho alguns amigos que estão trabalhando em Cuiabá. Lá (em Rondônia) eu já estava desempregado há mais de oito meses, então decidi tentar em Mato Grosso e estou muito feliz com a oportunidade que estou recebendo”, disse ele, referindo-se às duas entrevistas de emprego realizadas no dia D. Jaime ainda cortou o cabelo, garantindo um melhor visual nas entrevistas. 

Já Sergio Arnaldo Barbosa, também deficiente físico, aproveitou a oportunidade para voltar ao mercado formal. Desde de 2009 ele é proprietário de uma pequena lanchonete. “Sou pai de quatro filhos, casado, tenho minhas responsabilidades. Ainda vou continuar com a lanchonete, mas preciso de um trabalho com garantias. Eu estou muito feliz com esta oportunidade”, destacou. 

Em busca de trabalho desde 2009, Keilla Patrícia Oliveira de 33 anos, cadeirante e mãe de três filhos, tenta o primeiro emprego. “Eu sinto que as empresas ainda buscam pessoas com deficiências leves. Como o meu caso exige um pouco mais de acessibilidade, estou enfrentando grandes dificuldades para entrar no mercado de trabalho”, destacou a cadeirante, lembrando ainda que já fez um curso de qualificação a distância e pretende iniciar outro no próximo mês. 

Para as empresas que necessitam contratar a pessoa com deficiência, os desafios também estão sendo superados. Dentre os entraves está a falta de informação sobre a alteração da lei que rege o benefício pago aos deficientes físicos caso comecem a trabalhar. 

Inclusão 
Em busca de contratar 21 pessoas durante o Dia D, a analista de recrutamento e seleção da Unimed, Letícia Ferreira Lima, observou que sempre tem que informar às pessoas que estão se candidatando às vagas que é necessário o registro em carteira. “Nós temos muita dificuldade em contratar porque muitas pessoas querem trabalhar sem carteira assinada, para não perder o benefício. Muitos deles ainda não sabem que o beneficio é apenas suspenso e que, no caso de demissão, (o cidadão) volta a receber normalmente”, informou. 

Com dez vagas disponíveis para pessoas com deficiência, o Grupo Call Center (Studio Z e Gabriela) também tem dificuldade na contratação. “Para trabalhar em nossa empresa, é necessário ter o segundo grau completo e, muitas vezes, a pessoa com deficiência não terminou os estudos. Outro problema é a falta de qualificação. Desta forma, acabamos ficando muito tempo sem conseguir completar o nosso quadro de colaboradores”, explicou Vanessa Janaína Ferreira, gerente da Studio Z. 

Além das vagas de trabalho, durante o evento também foram disponibilizadas 40 vagas de qualificação em parceria com o Sistema S, patrocinado pela concessionária Rota Oeste. De acordo com a coordenadora de inclusão do Senai, Denise Molina, todos os cursos são adaptados para a necessidade do estudante. “Quando recebemos pessoas com deficiência, nós buscamos nos adequar a necessidade dela. Já temos, por exemplo, sistema de leitura de tela para deficientes visuais, intérprete de libras nas salas de aula, salas adaptadas ao uso de cadeira de rodas, enfim, trabalhamos para atender a todos da melhor maneira possível”, destacou. 


 

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