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24/09/15 às 15:00

Estudantes vivenciam conhecimento prático em hidrelétrica

Eliana Bess

Assessoria/Seduc-MT

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Estudantes vivenciam conhecimento prático em hidrelétrica

Foto: Assessoria Seduc

Noventa alunos da Escola Estadual Antônio Gröhs, da cidade de Água Boa, viajaram cerca de cinco horas para assistirem aulas interdisciplinares numa fazenda do município de Novo São Joaquim. A atividade externa foi monitorada por uma equipe de professores com o objetivo de oferecer aos estudantes a fusão entre teoria e prática.

Os alunos envolvidos nas aulas de campo são das turmas do 3º ano matutino e vespertino. Foram dois dias em visitas às hidrelétricas Salto Belo, Água Suja, Noidore e Desidério, do Grupo Itaquerê. Além da experiência, a iniciativa teve a finalidade de proporcionar o trabalho em equipe, fundamentações teóricas e práticas, conhecimento e integração a natureza com relatórios e socialização da temática “Energia e Suas Transformações”.

Dessa forma, assuntos tratados em sala de aula sobre o processo de produção de energia elétrica, a fonte de energia renovável, flora e fauna, o meio ambiente, o impacto ambiental causado na região pela construção de uma hidrelétrica e a responsabilidade social, ganharam reforço na prática.

Para os professores, o melhor era contar com o interesse de cada participante. Fato percebido diante dos olhares atentos e curiosos em busca de novas descobertas. Como, por exemplo, ao observar as usinas em pleno funcionamento ou entrar na caverna com registros de figuras rupestres. “Estudar sobre sítios arqueológicos é bem diferente de estar frente a uma caverna, um buraco negro, cercado por uma imensidão de pedras e que guardam segredos da natureza. É uma sensação indescritível”, narrou um dos participantes.

Em uma das usinas, a vazão da água é controlada criando um espetáculo à parte na cachoeira. O fato gerou a discussão sobre “quanto o homem pode ou deve controlar fenômenos naturais”. As usinas geram 2100 KW/hora. Na época da seca trabalham com metade de sua potência tendo alguns geradores com produção mínima de 1050 KW. A velocidade das turbinas é de 600 RPM com vazão de 5,63 m3/s.

Os visitantes puderam constatar que esse processo de geração de energia é bastante trabalhoso, e que cada área de serviço distribuída pela usina exerce uma função de extrema importância para que o resultado final seja concluído com sucesso. Também viram que a usina hidrelétrica movimenta-se com planejamentos voltados para o benefício do meio ambiente, mediante a ideia de conservá-lo e causar o mínimo impacto possível.

Mesmo com toda a evolução da tecnologia, era quase improvável aos alunos acreditar que uma pequena sala com poucos computadores armazenasse toda a central de comando da usina. Ainda mais com as grandes turbinas, entre elas a geradora da força motriz, os geradores, a tubulação do desvio do córrego de menor impacto ambiental, entre outros detalhes que visualizaram.

Só no início da noite era que discutiam o roteiro visitado e os temas para o fechamento da aula de campo. Tudo acontecia de maneira bem descontraída, ao ar livre, sentados em banquinhos, no muro da área ou no chão, quando formavam uma grande roda para a conversa. Quase nada passava despercebido, tipos de solos e rochas presentes nas cavernas e cursos de riachos, onde possibilitava verificarem a formação geológica da região.

Fauna e flora
A travessia pelo corredor ecológico, o contato com a mata, a vegetação local e o encontro com as águas também foram destacados pelos estudantes. Aprenderam entre outras coisas, a responder como a economia que cada um faz de energia elétrica influência na preservação do meio ambiente. “Basta lembrarmos que é a vasão das águas (volume) que movimentam as turbinas. Quanto maior o consumo de energia maior a vasão necessária para o movimento das turbinas”, concluíram os estudiosos.

Para a diretora da escola, Meire de Melo, a atividade foi marcante para os alunos, pois eles puderam conhecer a dinâmica de funcionamento da hidrelétrica, ter uma prática de campo de grande relevância e a oportunidade em conhecer outras realidades. Além de desfrutarem de momentos de lazer e deslumbre, proporcionada pela linda paisagem.

Já o professor Dirceu Pich avalia que “a busca pela inovação como a retomada das aulas de campo tem como propósito dar um “ânimo” especial aos alunos e aos professores, uma vez que a aula foi no maior laboratório do mundo, a própria natureza e nas transformações feitas pela ação antrópica”.

As equipes foram coordenadas pelo professor especialista Dirceu Luis Pich (Físico e Biólogo), com participação dos professores Alceu Busanelo (Ciências Naturais e Matemática), Solange Busanello, (Física), Leandro Nogueira (História e Teologia) Mario Viera (História) Quitéria Rodrigues (Geografia), Rosimeire Mª Angele (Geografia) Iraci C. Lamera (História e Pedagogia) Vania Moraes (Administração – Curso EMIEP) Irene Wentz Manhães (Letras).

O banho na Cachoeira da Usina Salto Belo era o momento de relaxar. E no retorno ao acampamento, onde as barracas estavam ao ar livre, participavam de um típico cardápio gaúcho.


 

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