O desejo por estudar e conseguir um bom emprego motiva cada vez mais os jovens a ingressarem na universidade. Essa vontade é comprovada em números que informam um aumento na quantidade de universitários na América Latina.
De acordo com um novo relatório do Banco Mundial, o número de estudantes no ensino superior quase dobrou na última década no continente latino-americano. Mas a que se deve esse fato? Apenas o gosto pelo estudo? A vontade de ser um universitário? Veja a seguir.
O que os dados informam?
Ainda utilizando o mesmo levantamento como base, o percentual de pessoas entre 18 e 24 anos matriculadas em instituições do ensino superior subiu de 21% em 2000 para 40% em 2010.
Atualmente, são mais de 20 milhões de alunos matriculados nas mais de 10 mil universidades na região que compreende a América Latina e o Caribe.
Fatores que justificam esse aumento
Evidentemente, existem motivos para explicar esse aumento bem considerável – desde o crescimento na quantidade de universidades na região, a grande oferta de cursos na graduação a distância, até a facilidade de conseguir uma vaga. A seguir, listamos alguns fatores que justificam esse aumento. Confira:
- Acesso à informação: com o avanço das tecnologias, da acessibilidade e da inclusão digital, cada vez mais as pessoas conseguem ter acesso à informação. Dessa forma, chegar a uma universidade não é mais um sonho distante para boa parcela da população, principalmente aquelas pessoas menos favorecidas economicamente.
- Crescimento do número de universidades e vagas: há algum tempo, as vagas ofertadas nas universidades eram poucas, até mesmo porque não existiam muitas instituições de ensino. Além disso, para conseguir entrar, os processos seletivos eram complicados, e quem não tinha uma educação de base forte dificilmente se tornaria um universitário. Hoje, temos várias universidades e faculdades – públicas e privadas – que oferecem mais vagas, aumentando a possibilidade de pessoas ingressarem e favorecendo a democracia, fator que será mais bem explanado no próximo item. Isso fica evidente quando, de acordo com o relatório do Banco Mundial, notamos que a quantidade de instituições privadas forma 50% do mercado, número superior ao dos anos 2000, quando era de 43%.
- Democracia nos processos: é fato que o acesso à universidade está sendo cada vez mais democrático. Isso porque temos cotas para estudantes de escolas públicas; programas que garantem bolsas de estudo em instituições como a Estácio, por exemplo; exames como o Enem, que praticamente unificou os processos seletivos das universidades no Brasil; programas de financiamento como o Fies; entre outras oportunidades que fazem com que o número de universitários aumente.
A quantidade de desistência entre os alunos que iniciam a sua jornada nas instituições de ensino superior na atualidade ainda é grande. Por diversos motivos, como o despreparo para o ritmo da universidade, muitas pessoas abandonam o curso. Ainda assim, tanto os alunos quanto as instituições vêm buscando evoluir para melhorar a sua qualidade e fazer com que o ensino superior forme profissionais mais qualificados.