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26/08/15 às 13:06

Juro do cartão de crédito se aproxima de 400%, diz BC

Taxa média cobrada por bancos no cartão de crédito rotativo alcançou 395,3% em julho, o maior nível desde o início da série histórica, em março de 2011

Juro do cartão de crédito se aproxima de 400%, diz BC

Papel térmico: usado em máquinas de cartão de crédito e para imprimir comprovantes e nota fiscal, o material contém bisfenol A em sua composição

Foto: Thinkstock/VEJA

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo voltaram a subir e atingiram 395,3% ao ano em julho ante 372,1% em junho, segundo dados do Banco Central (BC), divulgados nesta quarta-feira. O resultado de julho é o maior desde o início da série histórica, em março de 2011. Também supera os juros cobrados no cheque especial, que somaram 246,9% ao ano em julho, maior patamar desde novembro de 1995, quando estavam em 251,72% ao ano.

O aumento dos juros bancários segue a alta da taxa básica da economia, definida pelo BC. Desde outubro do ano passado, a autoridade monetária vem subindo os juros seguidamente. Naquele momento, a taxa estava em 11% ao ano. No fim de maio, já havia subido para 14,25%, avanço de 3,25 pontos percentuais, no maior patamar mais elevado em nove anos.

Inadimplência - Ainda de acordo com o BC, a inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres subiu a 4,8% em julho, alcançando o patamar mais alto desde 2013. Em junho, a inadimplência neste segmento, em que as instituições financeiras definem as taxas de juros livremente, havia sido de 4,6%, segundo dado revisado pelo BC.

O crescimento da inadimplência no segmento em julho foi maior entre empresas, com o índice passando a 4,1%, contra 3,9% em junho. Entre pessoas físicas, também houve avanço no período, a 5,4%, contra 5,3%.

Endividamento - O BC também divulgou que o endividamento das famílias em junho, dado mais recente disponível, caiu a 45,8%, contra 46,1% em maio. O percentual considera o impacto de financiamentos imobiliários. Excluído esse efeito, o endividamento das famílias recuou para 27,1% em junho, contra 27,4% em maio.

Spread - O spread bancário - diferença entre o custo de captação e a taxa efetivamente cobrada pelos bancos ao consumidor final - seguiu igual toada, indo a 31,4 pontos percentuais no mesmo segmento, ante 30,6 pontos percentuais em junho.

No mês passado, informou ainda o BC, o estoque total de crédito no Brasil subiu 0,3% sobre junho, chegando a 3,111 trilhões de reais, ou 54,5% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses a alta foi de 9,9%.


(Com agência Reuters)
 

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