Artigos / Juacy da Silva

23/12/24 às 07:15

Feliz Natal, Celebramos o Príncipe da Paz

“As bem-aventuranças, apresentadas por Jesus no Sermão da Montanha, são mais do que simples declarações de bênção; elas formam a base da ética do Reino de Deus, revelando as características dos verdadeiros discípulos. 7.  Bem-aventurados os pacificadores (PACIFISTAS), porque serão chamados filhos de Deus.” (Mateus 5:9); 8. “Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus.” (Mateus 5:10); Jesus termina destacando a perseguição como uma marca do verdadeiro discípulo. Assim como os profetas sofreram por falar a verdade, os seguidores de Cristo enfrentam perseguições por causa da justiça, com a promessa de que o Reino dos céus lhes pertence.”.

Todos os profetas, pricipalmente Isaias, que viveu 750 anos antes do nascimento de Jesus, dizia (Isaías 9:6-7),  "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo estará sobre os seus ombros. E o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”

Essas profecias se cumpriram integralmente e, o maior dos acontecimentos de todos os tempos na história da humanidade foi concretizado, que é o nascimento de Jesus, `a semelhança de bilhões de pessoas e famílias no mundo atualmente, O Deus “que se fez homem e habitou entre nós”, escolheu, como a Igreja ainda hoje, vir ao mundo, a este planeta que está sendo destruido pela ganância dos seres humanos, viver e sentir-se pobre, caminhar e ver a realidade dos excluidos, oprimidos e injustiçados.

Este é o primeiro recado do NATAL, lembrar dos pobres, oprimidos, injustiçados, aprisionados fisica, mental, emocional ou espiritualmente; saber as dores dos imigrantes, das pessoas perseguidas, injuriadas, das vítimas do racismo, dos preconeitos, de conflitos bélicos, das guerras civis ou guerra entre naçõs.

Para muita gente o NATAL deixeou de ser uma celebração voltada para o nascimento do filho de Deus, para o culto ao Papai Noel, em lugar da frugalidade, as comilanças, os banquetes, em lugar da solidariedade o CONSUMISMO, o desperdício, quando muito, alguns restos de comida são oferecidos aos pobres e famintos, para um “desencargo de consciência”, em lugar da fraternidade o descaso e a injustiça.

Para os Cristãos, que significa seguidores de Cristo, tanto católicos romanos, católicos ortodóxos e evangélicos, todos adeptos de seus ensinamentos como  contidos nos  evangelhos, principalmente em suas parábolas, suas falas `as multidões ou seus ensinamentos aos discípulos, que, com Ele viviam e caminhavam pelas estradas de boa parte do que hoje chamamos de Oriente Médio, envolvido em tantos conflitos, violência e guerras, que deixam muito sofrimento e mortes deveriam nos vir `a mente, não apenas quando celebramos o Natal, mas ao longo do ano e de todos os anos.

Existem tres momentos significativos na história do cristianismo e na vida de Jesus: o seu nascimento, que comeramos no natal; a sua ressureição, que comemoramos no domingo da Ressureição e sua Ascenção aos céus, com a mensagem mais sublime que é a sua segunda vinda “Esse Jesus, que dentre vós foi elevado ao céu, retornará do mesmo modo como o viste subir”.

Após a sua ressurreição Jesus apareceu aos seus discípulos e deixou a mesma mensagem que caracterizou sua vida terrena e sua msisão, quando disse aos seus discípulos, que viviam amedrontados depois de sua prisão, crucificação e morte na Cruz “A paz seja com voces”. Esta sempre foi a grande mensagem de Jesus e que deveria ser nossa bússola, nosso foco.

É este Cristo que deu sua vida pela humanidade, sofreu injustiças, até a morte na Cruz, que devemos celebrar em cada natal, cujo ideal supremo é a PAZ. Oxalá,  possamos substituir a cultura do ódio, da violência, dos preconceitos,  da mentira (fake news) pelo amor, pela solidariedade, pela fraternidade, como na parábola de Emaús e pela paz.

Paz nas famílias, paz em nossas comunidades, paz em nossas cidades, paz em nosso país e paz como a mais sublime das realidades, em substituição `as guerras que tanto sofrimento e morte tem causado ao redor do mundo. Como foi o tema da campanha da fraternidade da CNBB de 1996 “Justiça e Paz se abraçarão”, ou seja, sem justiça, principalmente sem justiça social, justiça climática, justiça racial, justiça intergeracional, justiça econômica não eixte paz verdadeira.

O Natal é a celebração do “menino jseus”, mas muito mais do que isso, devemos sempre relembrar que este “menino Deus” cresceu, fez-se homem e percorreu as estradas da Galiléia e do Oriente Médio, onde ainda hoje milhares de pessoas são vitimas de uma guerra insana, um verdadeiro genocício. Como acontece contra os palestinos e tantas outras minorias.

Este mesmo Jesus menino, e também Jesus jovem sempre defendeu a justiça e a paz, conforme em suas próprias palavras “Deixo-vos a minha paz, a minha paz vos dou, não vô-lo dou como o mundo a dá” e depois ainda reforçou dizendo “Eu disse essas coisas para que em mim voces tenham paz. Neste mundo tereis aflições, contudo, tenham ânimo, Eu venci o mundo”. Este mundo dominado pelo egoismo e por tantos pecados.

É  neste contexto mais profundo, que devemos procurar o verdadeiro significado do natal e celebrarmos o nascimento, a vida, as mesnagens, o magistério, a morte e a ressurreição, desde menino-Deus e não celebrações meramente materialistas, mundanas, com um certo verniz de religiosidade alienante e aliendadora.

Feliz Natal, viva o meunino-Deus, o Cristo ressuscitado, o Principe da Paz!
Juacy da Silva

Juacy da Silva

Juacy da Silva, professor titular aposentado Universidade Federal de Mato Grosso, sociólogo, mestre em sociologia, ambientalista, articulador da Pastoral da Ecologia Integral.
E-mail profjuacy@yahoo.com.br
Instagram @profJuacy
WhatsApp 55 65 9 9272 0052
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