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14/04/17 às 13:03

Políticos elogiam a nova fase do governador

Na campanha em 2014 o bordão de Taques era o de que não deixaria nenhum mato-grossense pelo caminho. No final do ano passado ele estendeu esse compromisso aos partidos de sua base de sustentação e continua o levando adiante. Em novembro nomeou o deputado estadual tucano Wilson Santos secretário de Cidades, que no começo desta semana deixou o cargo e reassumiu sua cadeira na Assembleia; em janeiro deste ano botou o deputado estadual Max Russi (PSB) na Secretaria de Trabalho e Assistência Social e Cândido Teles (DEM) na presidência do Instituto de Terras (Intermat). Outras canetadas estratégicas mudaram a composição do poder, que deixou de ser exclusivamente técnico para contemplar as forças políticas.

O prefeito de Campo Verde, Fábio Schroeter (PSB), aprova a participação política no governo e reconhece que seu partido é contemplado por Taques. Schroeter, porém, ressalva que não se pode nomear apenas pelo fato de ser político ou ser técnico. “É preciso que se dê o cargo a quem tenha condições de ocupá-lo, e se esse pisar na bola, que seja exonerado”.

A mudança de Taques, do sisudo para o político, não fica restrita à sua fisionomia. O governador insiste no diálogo. Ronio Condão (PSDB), prefeito de Confresa, revela que no último encontro de Taques com os prefeitos, ao invés de pedir algum investimento para seu município, Taques foi quem lhe cobrou. Depois de lhe dizer que seu governo construirá um Centro Integrado Escola-Comunidade (CIEC) em Confresa, o anfitrião o encostou à parede: “você administra o município com a maior população do Norte Araguaia (29 mil habitantes) numa localização estratégica (à margem da BR-158 e ponto de partida para a ligação com a BR-163 cruzando o rio Xingu) e precisa apresentar-me um projeto para que eu possa ajudá-lo a levá-lo adiante. Que tal a questão aduaneira?”, sugeriu. Condão pegou a dica no ar e cria um banco de informações que será apresentado ao secretário de Desenvolvimento Econômico, Ricardo Tomczyk, como primeiro passo para a criação de uma Estação Aduaneira Interior (Porto Seco) no município, o que segundo Condão será muito útil ao mercado exportador de grãos do Araguaia pelos portos maranhenses e paraenses. (EG)

Neurilan Fraga, que foi escalado por prefeitos para trombar com Taques, perdeu o ímpeto para o embate. O presidente da AMM diz que havia muitas reclamações de prefeitos contra secretários por conta da demora em atendê-los: “o prefeito saía de Colniza, Santa Terezinha e outros municípios distantes e ‘mofava’ nos bancos à espera de ser recebido. Agora, espero que isso tenha mesmo acabado”.

Não somente pela porta aberta aos prefeitos Neurilan fuma o cachimbo da paz com Taques. Uma de suas bandeiras era o aumento do repasse de recursos do governo para as prefeituras investirem no transporte escolar. No começo do mandato de Taques o montante era de R$ 1,80 por quilômetro rodado, mas subiu para R$ 1,90 e depois para R$ 2,05. Agora alcançou R$ 3. Por determinação de Taques o secretário de Educação, Marco Marrafon, firmou parceria com Neurilan para que técnicos do governo e da AMM elaborem uma planilha de custo operacional regionalizado desse transporte, para que haja maior justiça nas transferências. “O custo do diesel em Vila Rica é um, em Jaciara é outro; o mesmo se aplica aos pneus e oficina mecânica”, fundamenta Neurilan. Marrafon revela que pediu pressa no levantamento.

O líder do governo na Assembleia, Dilmar Dal’Bosco (DEM) não vê mudança em Taques. Dilmar avalia que o governador se apresenta mais descontraído porque não tem mais a pressão do começo do mandato. “O governo flui bem, as obras estão aí e os políticos colaboram para quebrar o gelo. A paz e as conquistas fazem bem e o governador sabe aproveitá-las”, resume. (EG)
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