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14/02/17 às 21:59 | Atualizada: 14/02/17 às 22:15

Faiad é preso na 5ª fase da Operação Sodoma - Veja vídeos

Atualizada às 12h22 - A Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso deflagrou na manhã desta terça-feira (14) 5ª fase da Operação Sodoma, que investiga fraudes à licitação, desvio de dinheiro público e pagamento de propinas, realizados pelos representantes da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, em benefício da organização criminosa comandada pelo ex-governador, Silval da Cunha Barbosa (PMDB).

Os mandados de prisão foram cumpridos contra os investigados: Valdisio Juliano Viriato, o advogado Francisco Anis Faiad, Silval da Cunha Barbosa, Sílvio Cesar Corrêa Araújo, Jose Jesus Nunes Cordeiro. Entre os conduzidos coercitiva para interrogatórios estão: Wilson Luiz Soares, Mario Balbino Lemes Junior, Rafael Yamada Torres, Marcel Souza de Cursi.

Faid, que é da assessoria jurídica do ex-governador Silval, chegou à Defaz acompanhado pela esposa, que também é advogada.

Às 08h30, também chegou à Defaz o ex-vereador e ex-candidato a prefeito de Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), que compôs chapa com Faid na disputa pela Prefeitura de Cuiabá em 2012.

 
João Vieira

Lúdio Cabral também foi conduzido para Defaz .
A investigação presidida pela Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública cumpre cinco mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva e nove de busca e apreensão domiciliar, nos estados de Mato Grosso, Santa Catariana e Distrito Federal. Participam da operação 17 equipes de policiais civis, compostas por delegados, investigadores e escrivães.

Os suspeitos são investigados em fraudes à licitação, corrupção, peculato e organização criminosa em contratos celebrados entre as empresas Marmeleiro Auto Posto Ltda e Saga Comércio Serviço Tecnológico e Informática LTDA, nos anos de 2011 a 2014, com o Governo do Estado de Mato Grosso.
Segundo a Polícia Civil apurou, as empresas foram utilizadas pela organização criminosa, investigada na operação Sodoma, para desvios de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, utilizando-se de duas importantes secretarias, a antiga Secretaria de Administração (Sad) e a Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Septu), antiga Secretaria de Infraestrutura (Sinfra).
As duas empresas, juntas, receberam aproximadamente R$ 300 milhões, entre os anos 2011 a 2014, do Estado de Mato Grosso, em licitações fraudadas. Com o dinheiro desviado efetuaram pagamento de propinas em benefício da organização criminosa no montante estimado em mais de R$ 7 milhões.
Os presos conduzidos foram levados para a Defaz.

O advogado de Faiad, Valber Melo, afirma que ainda hoje os presos vão passar por audiência de custódia e o juiz plantonista é que determinará se ficarão presos ou soltos.

Já o advogado do ex-chefe de gabinete de Silval Sílvio Cesar Corrêa Araújo, Leonardo Bassil, alega que a prisão preventiva aplicada contra seu cliente é "sem fundamentos nenhum". Sobre os autos, diz ainda que "não há um só documento ou uma só declaração que diga qual foi o ato que ele teria praticado para ser envolvido nesta acusação". 
Veja vídeo da chegada de Faiad na Defaz. Imprimir