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10/09/16 às 07:38

Coordenador deve ser substituído após índios ocuparem Dsei em Canarana

O coordenador do Distrito Sanitário Indígena (Dsei), de Canarana, deve ser substituído por reivindicação dos indígenas, que ocupam pelo 5º dia o prédio da instituição. Otercindo Francisco da Silva foi indicado ao cargo pelo deputado federal Valtenir Pereira (PMDB).

A substituição do coordenador foi discutida entre o parlamentar, que visitou a ocupação na quarta-feira (7), e as lideranças indígenas, mas o local ainda não foi desocupado.

De acordo com o deputado, a substituição foi articulada durante a reunião com os indígenas, que aceitaram a proposta de troca. O atual coordenador Otercindo deverá ser substituído pela técnica em enfermagem Alessandra Santos. “Os índios aceitaram a troca. Alessandra tem bastante experiência e já atuou diretamente com eles. Ela ajudou, inclusive, a adquirir novos equipamentos para o Dsei”, disse.
 
“O problema não era pessoal com o coordenador, mas as demandas dos índios realmente não foram atendidas”, explicou o parlamentar.

O deputado disse que, mesmo a troca sendo aceita pelos indígenas, ainda é preciso passar pela análise da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).

Segundo o líder da ocupação, Yefuka Kayabi, o encontro com o deputado e a proposta de substituição do coordenador significam um avanço nas negociações. Ainda segundo o indígena, eles estão avaliando a necessidade de uma reunião com representantes da Sesai para entender como será conduzida a nova gestão.

Ocupação

Cerca de 100 indígenas de diversas etnias participam da ocupação, liderada pela etnia Kayabi. Eles alegam que as demandas feitas ao coordenador do Distrito não estavam sendo atendidas.

Entre os pedidos estão de duas casas de Saúde Indígena (Casai) em Querência e em Gaúcha do Norte, a 912 e 595 km de Cuiabá, respectivamente, bem como a abertura da Casa de Saúde Indígena (Casai), em Sinop, a 503 km da capital.

A ocupação é pacífica e feita no horário de expediente, entre 8h e 18h. Durante esse período, os cerca de 30 funcionários da unidade permanecem sentados no local, sem permissão para trabalhar.

De acordo o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena (Condisi), os atendimentos de emergência não foram afetados.
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