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24/06/16 às 18:08

Abertura de novos mercados é o caminho para reestruturar a agricultura, afirma pesquisador da Embrapa Soja

Fazendo referência aos últimos atos do ministro Blairo Maggi, que abre novos mercados e expande os já existentes, o pesquisador da Embrapa Soja, Décio Gazzoni, aprova a estratégia, que segundo ele é o primeiro passo para a evolução da agricultura brasileira. “Maggi tem clareza e visão de que primeiro se conquista novos mercados, na sequência, buscamos melhorias internas para atendê-los”, afirma o pesquisador, que considera a agricultura brasileira altamente sofisticada, e vai detalhar o por quê, em sua palestra durante o Fórum Nacional de Máxima Produtividade da Soja, organizado pelo Comitê Estratégico Soja Brasil (CESB), no próximo dia 29, em Maringá, onde serão apresentados os principais sojicultores do país, da safra 2015/16.

“Só após a abertura de mercado, a atenção se volta para nossa atual estrutura de armazenamento, escoamento e outros fatores que compõem o Custo Brasil, que se mantém como uma verdadeira bigorna, impedindo o crescimento da agricultura”, critica Gazzoni, pontuando que não existe solução imediata para o avanço do setor e que aspectos de infraestrutura, que envolve o deslocamento da propriedade até o porto, ainda são os principais entraves da agricultura, quando, segundo ele, perde-se metade do preço da saca, com frete.

Segundo o pesquisador, também membro do CESB, o atual governo do país, em fase de transição, pouco tempo de gestão, que herdou um plano safra já fechado, não apresenta muitas perspectivas de mudanças, porém, teria uma ordem de investimentos para lidar. “As hidrovias são nossas possibilidade de competir com os Estados Unidos. Temos vários rios que podem ser utilizados na logística e não são aproveitados. Em seguida viriam os investimentos em ferrovia, e só então, as rodovias, que atualmente nos fazem perder fortunas com frete ineficaz”, pontua Gazzoni.

Ainda sobre o ministro Maggi, Gazzoni aponta que ele poderá contribuir com um dos principais desafios do setor. “É um gestor que já priorizou ações à favor do meio ambiente, enquanto Governador de Mato Grosso, estimulando produtividade sem expansão de áreas, outro desafio bastante necessários para as próximas safras”, sinaliza ao colocar o clima e o mercado como possíveis entraves na próxima safra, sem mudança de cenário a curto prazo.

O pesquisador da Embrapa Soja vai detalhar sua experiência no setor e perspectivas no Fórum Nacional de Máxima Produtividade da Soja, oportunidade em que falará para 400 agricultores de dezessete estados, que concorrem ao Desafio de Máxima Produtividade da Soja, do CESB. Além do campeão nacional, com a maior produtividade de soja do Brasil, no dia 29 de junho serão conhecidos os campeões das categorias Soja Irrigada Nacional e Não-Irrigada por região.

Sobre o CESB

O CESB é uma entidade sem fins lucrativos, formada por profissionais e pesquisadores de diversas áreas, que se uniram para trabalhar estratégicamente e utilizar os conhecimentos adquiridos nas suas respectivas carreiras e vivências, em prol da sojicultura brasileira. O CESB é qualificado como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), nos termos da Lei n° 9.790, de 23 de março de 1999, conforme decisão proferida pelo Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União de 04 de dezembro de 2009.

Atualmente, o CESB é composto por 19 Membros e 16 entidades patrocinadoras: Syngenta, BASF, Bayer, Jacto, Mosaic, TMG, Stoller, Monsanto, Sementes Adriana, Agrichem, UPL do Brasil, Aprosoja MT, Produquímica, Instituto Phytus, DuPont e Timac Agro.
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