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26/06/15 às 15:11 | Atualizada: 01/07/15 às 12:07

Política só tem bandido e malandro, diz prefeita

Um grupo de vereadores de Poconé protocolou nos Poderes e órgãos de fiscalização, nesta quinta-feira (25), um pedido de intervenção no município. Os parlamentares se queixam do caos instalado na cidade por conta do descaso de sucessivas administrações municipais, que teria se agravado sob Nilce Mary Leite, conhecida como Meire Adauto (PT), atual prefeita.

Munidos de documentos, eles apontaram diversas irregularidades na gestão da petista, como “inadimplência no município, apropriação indébita do INSS dos servidores, nepotismo, abuso de poder, despesas irregulares e não autorizadas, má aplicação do dinheiro público, falta de medicamentos, descumprimento de convênios e sonegação de informações ao Legislativo municipal e ao Tribunal de Contas”.

Segundo a vereadora Ornela Falcão (PSD), a intervenção seria a forma mais rápida para tentar resolver os problemas da cidade. Ela afirma que um processo de cassação demandaria muito tempo e o município precisa de medidas urgentes.

“Nós chegamos ao limite. A cidade está parada, travada. A infraestrutura sucateada e os recursos são mal aplicados. Então acreditamos que só uma intervenção do Estado, por período de seis meses, já nos ajudaria a tomar as decisões necessárias”, sustenta. Além do Executivo, Falcão e outros sete vereadores acionaram o Ministério Público do Estado (MPE), Assembleia Legislativa e Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Os parlamentares afirmam que desde que assumiu o mandato em janeiro de 2013 a prefeita Meire Adauto (PT) não conseguiu regularizar a situação fiscal do município apontam que se encontra inadimplente com Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e com a Receita Federal.Para o vereador Marcio Fernandes (PMDB) a intervenção é uma medida desesperada, pois não foi possível dialogar com a prefeitura. " Nós enquanto vereadores vemos tudo o que está acontecendo com Poconé e somos cobrados pela população, não podemos ficar calados", afirma.

Procurada pela reportagem do GD, a prefeita Meire Adauto afirmou que as acusações possuem “cunho eleitoreiro” e se disse vítima de perseguição política. Lembrou que quando assumiu a gestão da cidade herdou “um verdadeiro caos”. E demonstrou ainda frustração com as dificuldades enfrentadas para gerir a cidade.

“Eu já disse lá na Câmara que não tenho mais pretensões eleitorais. Vou só terminar o meu mandato. Estou aborrecida com política. Só tem bandido e malandro. Assumi uma bomba”, disse ao telefone. Sobre as irregularidades com encargos sociais do INSS e outras inadimplências, ela afirmou que deve se manifestar, com base em documentos, para justificar e responde às acusações.
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