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31/01/16 às 11:18 | Atualizada: 31/01/16 às 11:31

Policial que matou estudante de medicina é encaminhado ao presídio militar de MT

O policial militar do estado de Goiás Paulo César de Souza Guirra, 37 anos, foi transferido na noite de sábado (30/01) para o presídio militar em Santo Antônio do Leverger. Na madrugada de sábado, o militar assassinou o estudante de Medicina Maurício Rodrigues Pinheiro, 23 anos, em Barra do Garças, durante uma festa na boate Caribe. 

Após ouvir o policial acusado, o delegado Joaquim Leitão consultou o juiz da comarca que determinou a remoção do militar (que mesmo sendo de Goiás) para uma unidade prisional de militar em Mato Grosso onde ocorreu o crime.

No relato inicial que chegou ao delegado, testemunhas disseram que o policial estava na festa exibindo a arma e teria se aproximado da vítima como se fossem amigos e efetuou quatro disparos a queima roupa. Maurícinho que é filho do policial federal Maurício de Carvalho Pinheiro chegou a ser socorrido ao hospital, mas não resistiu e morreu.

Em nota, a Polícia Federal lamentou o ocorrido e disse que presta apoio ao policial federal Maurício de Carvalho Pinheiro, pai do estudante.

“A versão dele [do policial] é uma coisa e a versão das testemunhas é outra. Ele diz que teria sido agredido pela vítima, mas é uma versão isolada e tudo aponta ao contrário”, informou o delegado Joaquim Leitão Júnior.

Algumas testemunhas relataram que viram o policial militar abraçar o estudante por trás, como se fosse amigo dele, e em seguida já atirou contra a vítima, provocando correria e pânico no local. Nenhuma outra pessoa se feriu. As informações preliminares da perícia indicaram que Maurício foi morto com quatro tiros. Ele estava com marcas de tiros nas costas, no tórax e um na mão.

“Ele [o policial] chegou atirando e teria feito uma ameaça do tipo 'não mexer mais com policial'. Ele deu azar porque tinham policiais à paisana no local e o imobilizaram logo após os disparos. A arma [usada no crime] era particular e ele tinha registro”, explicou o delegado Leitão. De acordo com o delegado, a marca de tiro na mão indica que Maurício teria tentado se defender, colocando a mão na frente.

A Polícia Federal informou que o corpo de Maurício foi velado na Casa de Velório e sepultado no sábado mesmo em Barra do Garças.

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