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30/01/16 às 11:27 | Atualizada: 30/01/16 às 19:54

Policial atira e mata estudante de Medicina durante festa em boate de Barra do Garças

Uma festa na boate Caribe em Barra do Garças na madrugada de sábado (30/01) terminou com um jovem baleado que faleceu posteriormente no hospital. O jovem estudante de medicina, Maurício Rodrigues Pinheiro, 23 anos, filho do policial federal Maurício, foi baleado com três tiros efetuados pelo policial militar de Goiás Paulo César de Souza Guirra, 37 anos, que é da cidade de Aragarças-GO.

De acordo com o major Diniz que atendeu a ocorrência, a PM foi acionada para prender o policial que já estava imobilizado por populares após efetuar os disparos. Familiares e amigos da vítima contam que não houve confusão e sim que Guirra estaria armado e mostrando a arma no recinto e algumas pessoas reclamaram deste fato aos seguranças da boate.

Depois da reclamação, o policial foi em direção a vítima que estava dançando e efetuou os disparos. Amigos de Maurício Pinheiro quando perceberam que ele estava baleado foram para cima do policial que foi desarmado e entregue a polícia.

O capitão da Polícia Militar (PM-GO) Giovane foi acionado para acompanhar a ocorrência pelo fato de envolver um militar de Goiás e informou que Guirra estava fazendo um curso em Goiânia e veio nesse final de semana passar alguns dias na cidade.

A vítima chegou a ser socorrida no Pronto Socorro (PSM), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no centro cirúrgico por volta das 5 horas da madrugada. O policial também foi atendido no PSM porque estava com escoriações no rosto e posteriormente foi apresentado na delegacia de Barra do Garças para confecção do flagrante.

Atualização com G1/MT - Em nota, a Polícia Federal lamentou o ocorrido e disse que presta apoio ao policial federal Maurício de Carvalho Pinheiro, pai do estudante. O policial militar Paulo César de Souza Guirra, de 37 anos, atua na cidade de Aragarças (GO) e negou à Polícia Civil ter cometido o crime.

As testemunhas disseram à Polícia Civil que o policial militar chegou na boate e atirou contra o estudante, que dançava no local. “A versão dele [do policial] é uma coisa e a versão das testemunhas é outra. Ele diz que teria sido agredido pela vítima, mas é uma versão isolada e tudo aponta ao contrário”, informou o delegado Joaquim Leitão Júnior.
 
Algumas testemunhas relataram que viram o policial militar abraçar o estudante por trás, como se fosse amigo dele, e em seguida já atirou contra a vítima, provocando correria e pânico no local. Nenhuma outra pessoa se feriu. As informações preliminares da perícia indicaram que Maurício foi morto com quatro tiros. Ele estava com marcas de tiros nas costas, no tórax e um na mão.

“Ele [o policial] chegou atirando e teria feito uma ameaça do tipo 'não mexer mais com policial'. Ele deu azar porque tinham policiais à paisana no local e o imobilizaram logo após os disparos. A arma [usada no crime] era particular e ele tinha registro”, declarou Júnior. De acordo com o delegado, a marca de tiro na mão indica que Maurício teria tentado se defender, colocando a mão na frente.

O policial militar ainda deve ser transferido para uma unidade prisional específica para militares, no entanto, não há confirmação se será em Mato Grosso ou em Goiás, estado onde ele atua. A Polícia Federal informou que o corpo de Maurício está sendo velado na Casa de Velório. O enterro está previsto para as 18h no cemitério local.

 
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