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26/01/16 às 07:59

METÁSTASE - Ex-funcionários de Riva assinam acordo de delação

Réus na ação penal da operação Metástase do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Contra o Crime Organizado) que aponta desvio de R$ 1,8 milhão dos cofres da Assembleia Legislativa por meio de fraudes na verba de suprimento destinada ao gabinete do ex-deputado José Riva (sem partido), o contador Hilton Carlos da Costa Campos e a ex-servidora do Legislativo, Marisol Castro Sodré, assinaram termo de delação premiada com o Ministério Público Estadual (MPE).

Ambos se comprometeram a colaborar com a Justiça em troca de redução ou até mesmo extinção da pena.

Por conta disso, novos detalhes do esquema fraudulento deverão vir à tona.

A verba de suprimento era um benefício de R$ 8 mil destinado ao gabinete dos parlamentares para compra emergencial de produtos como marmitas e material gráfico.

No entanto, notas fiscais foram fraudadas para justificar gastos do gabinete do ex-deputado José Riva.

O dinheiro servia para pagar propina a vereadores de municípios do interior, sustentar casa de apoio e até pagar despesas pessoais como abastecimento de aeronave e massagista.

O Ministério Público Estadual (MPE) já instaurou inquérito civil para apurar a suspeita de que outros deputados tenham cometido fraudes na verba de suprimentos no período de 2011 a 2015.

O contador Hilton Carlos da Costa Campos é réu pelos crimes de constituição de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica, enquanto a ex-servidora Marisol Sodré responde apenas pelo crime de falsidade ideológica.

Em decisão no dia 21 deste mês, a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, decidiu manter no mesmo processo criminal os dois delatores na mesma ação penal em que figura como réus o ex-deputado José Riva e dois de seus ex-chefes de gabinete que são Geraldo Lauro e Maria Helena Ayres Caramelo.

Atualmente, os três estão presos preventivamente.

José Riva e Maria Caramelo respondem pelos crimes de constituição de organização criminosa, peculato, falsidade ideológica e coação no curso do processo, o que pode lhe render pena de até 45 anos de prisão.

O ex-chefe de gabinete Geraldo Lauro é acusado de constituição de organização criminosa, peculato e falsidade ideológica.
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