Prefeito diz que novo zoneamento deve afetar mais de 1 milhão de hectares em Cocalinho
A proposta de Zoneamento Socioeconômico Ecológico (ZSEE-MT) de 2018 que entrou em consulta pública pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag-MT), tem causado descontentamento nos produtores rurais e prefeitos dos municípios do Mato Grosso.
Na última quarta-feira (03), em Barra do Garças, cerca de 15 prefeitos das cidades do Vale do Araguaia se reuniram para debater o ZSEE. Os gestores defendem que a consulta pública seja suspensa, pois o novo zoneamento ignoraria as particularidades de cada município se tornando um obstáculo para o crescimento econômico.
O ZSEE deve redefinir a ocupação do território mato-grossense, o uso das terras e dos recursos naturais, considerando as potencialidades e restrições de cada região, entendendo que a ocupação do território deve propiciar um equilíbrio entre a dinâmica natural e a socioeconômica.
O prefeito de Cocalinho, Márcio ‘Baco’ Conceição (PSB), esteve presente na reunião e, em entrevista ao Semana7, reforçou a necessidade de se rediscutir a proposta. Segundo ele, o novo zoneamento deve desestabilizar a economia do município que está diretamente ligada a agropecuária.
“Nosso município será um dos mais prejudicados nesse momento, esse estudo apresentado pelo Estado não é compatível com a realidade de Cocalinho. Atualmente, a nossa fonte de renda vem da pecuária e a agricultura tem crescido muito e oferecido muitos empregos, se o zoneamento for aprovado levará o caos ao nosso munícipio”, afirmou o prefeito.
O prefeito alega que cerca de 1,6 milhões de hectares seriam afetados pelo ZSEE. Esse território compreende todas as áreas de produção de agrícola, pecuária, zonas de preservação ambiental, terras indígenas e perímetro urbano.
Márcio ainda afirma que o zoneamento vai na contramão do progresso e ignora inclusive as obras de pavimentação da MT-326 (rodovia do Calcário) e a construção da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), que passará por Cocalinho e servirá como rota de escoamento da produção de grãos favorecendo o crescimento econômico do município.
