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04/01/21 às 12:02 | Atualizada: 04/01/21 às 12:13

Retrospectiva - Relembre as personalidades que morreram em MT em 2020

Durante esses 12 meses de 2020, algumas personalidades e autoridades que marcaram a história de Mato Grosso se despediram. Relembre:

Benedito Nunes
 
Benedito Nunes foi um importante artista plástico de Mato Grosso que faleceu no dia 2 de março deste ano, depois de passar três anos lutando contra um câncer colorretal.

Ele morreu após ter sofrido uma parada cardíaca, já no hospital, no mesmo dia em que foi internado. O artista tinha 63 anos.
 
Benedito começou a frequentar o Ateliê Livre da Fundação Cultural de Cuiabá em 1978 e chegou a ser indicado ao 'Prêmio Pipa', um dos prêmios nacionais de artes visuais mais renomados.

Adriano Silva

O ex-reitor da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e ex-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisas de Mato Grosso (Fapemat), Adriano Silva, tinha 49 anos e faleceu no dia 3 de junho.

Ele estava internado em um hospital com suspeita de Covid-19, mas teve uma parada cardíaca e não resistiu. O governador Mauro Mendes (DEM) emitiu uma nota de pesar pelo falecimento do gestor.

Domingos Mahoro

O cacique do povo indígena xavante, Domingos Mahoro de 60 anos, faleceu no dia 7 de julho vítima de Covid-19. Ele estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na Santa Casa de Cuiabá onde teve duas paradas cardíacas e não resistiu.

O líder era presidente da cooperativa indígena do estado e era atuante nas causas dos povos indígenas em Mato Grosso.

Sebastião Rodrigues de Souza

O pastor da Assembleia de Deus, Sebastião Rodrigues de Souza, morreu no dia 8 de julho aos 89 anos. Ele estava internado em um hospital particular em Cuiabá fazendo tratamento para a Covid-19.
A União de Mocidade das Assembleias de Deus de Cuiabá e Região (Umadecre) fez uma postagem no Facebook lamentando a morte do pastor.

Fabio Garbugio

O ex-prefeito de Alto Taquari, Fabio Garbugio, morreu no dia 26 de julho vítima de Covid-19. Ele tinha 46 anos e era hipertenso.

Faleceu uma semana após ter sentido os primeiros sintomas. A doença se agravou e ele foi transferido para um hospital particular em Goiânia chegando a ir direto para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas algumas horas depois, não resistiu e morreu.

Cacique Aritana Yawalapiti

O cacique Aritana Yawalapiti faleceu aos 71 anos, vítima de Covid-19, no dia 5 de agosto. Após ter contraído a doença, foi transferido para um hospital em Goiânia devido ao agravamento do quadro de saúde.

Ele foi líder do Alto Xingu desde 1980 e é reconhecido pela luta dos povos indígenas e preservação das terras conquistadas. Nas redes sociais, o neto do Cacique Raoni Metuktire, Paxton Metuktire prestou uma homenagem aos ensinamentos e a sabedoria de Araitana.

Bispo Dom Pedro Casaldáliga

O bispo Dom Pedro Casaldáliga morreu aos 92 anos, em São Félix do Araguaia, no dia 8 de agosto. Ele ficou conhecido pelas suas posições políticas e pelo trabalho pastoral ligados à causas como a defesa dos povos indígenas e o combate à violência dos conflitos agrários.

Ele trabalhou junto com os índios xavantes contra os produtores rurais. Fundou o Conselho Indifenista Missionário (Cimi) e recebeu o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Casaldáliga tinha mal de Parkinson e teve problemas respiratórios causados pela doença ocasionando uma infecção no pulmão.

Adir Sodré

Adir Sodré foi um artista plástico conhecido pelas obras relatando a vida cotidiana dos bairros populares de Cuiabá.

Faleceu aos 58 anos, no dia 10 de agosto devido a um infarto. Adir nasceu em Rondonópolis, mas passou a maior parte da vida na capital. Produziu obras relacionados à cultura regional acerca dos povos indígenas.

Ele é o autor de várias obras expostas nos viadutos de Cuiabá.

Regina Pena

A artista plástica Regina Pena, de 68 anos, faleceu no dia 20 de agosto após lutar contra esclerose múltipla desde 2006.

Mesmo com a doença, ela continuava a fazer suas obras através de um tablet. Em 2019 fez uma exposição virtual em uma plataforma de arte digital.

Utilizava temas como natureza, mulheres, relacionamentos, política e formas geométricas. A artista plástica Dalva de Barros lamentou a morte da amiga.

Nikaiti Mekranotire

Outro líder indígena que faleceu por Covid-19 foi o cacique do povo Kayapó, Nikaiti Mekranotire, aos 76 anos.

Ele morreu no dia 26 de agosto na aldeia Kororoti, onde morava, após ter tido atendimento médico na Unidade Básica de Saúde Indígena.

O líder tinha algumas comorbidades como uma doença pulmonar e era fumante. Essa foi a primeira morte registrada por Covid-19 na aldeia.

Sebastião Mendes

Sebastião Mendes foi um artista plástico Mato-grossense que faleceu no dia 9 de outubro após ter um infarto enquanto ajudava a apagar um incêndio no sítio da família dele que fica em Cáceres. Ele passou mal enquanto apagava o fogo e morreu antes que pudesse ser socorrido.

Aos 54 anos já era membro da Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA) tendo obras conhecidas mundialmente.

Criava obras no estilo expressionista figurativo e teve exposições em países como Alemanha, Austrália, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Noruega, Portugal e Suíça. O Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) lamentou a morte do autodidata que começou a pintar com 8 anos nas paredes da sua casa.

Dom Bonifácio Piccinini

Aos 91 anos, Dom Bonifácio Piccinini faleceu no dia 28 de novembro. Ele foi levado para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após se sentir debilitado, fraco e ter um mal estar.

Dom Bonifácio é de Santa Catarina, mas morou em São Paulo e na Itália, onde estudou Filosofia e Teologia. Ajudou a ampliar a presença da Igreja Católica em Mato Grosso participando na construção de mais de 200 igrejas no estado.

O governador Mauro Mendes (DEM) decretou luto de três dias pelo falecimento do arcebispo, em homenagem aos 45 anos de trabalho dedicados a igreja católica.

Pastora Gisela Guth

A primeira pastora ordenada em Mato Grosso, Gisela Guth de Araújo, morreu aos 74 anos, com Covid-19, no dia 27 de dezembro.

A pastora foi internada no dia 28 de novembro em um hospital em Sorriso, onde participava de um seminário. Depois, foi transferida para Cuiabá, onde ficou por 27 dias em uma UTI.
Foram 40 anos de trabalho missionário.
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