Imprimir

Imprimir Notícia

06/12/20 às 20:51

Eleições desenham um 'novo mapa' do poder nos 141 municípios

Mato Grosso tem 141 prefeitos, sendo 126 homens e 15 mulheres eleitos e reeleitos em novembro passado.

Desse total, 47 são mato-grossenses, 33 paranaenses, 10 goianos, 10 paulistas, nove mineiros, oito catarinenses e oito gaúchos, seis sul-mato-grossenses, três tocantinenses, dois capixabas, dois potiguares, um alagoano, um paraibano e um português.

A idade média é de 49 anos e 2 meses.

O Democratas (DEM) foi o partido que conquistou maior número de prefeituras: 25.

Emanuel Pinheiro (MDB), de Cuiabá, e outros 17 prefeitos administrarão o município onde nasceram. Dos prefeitos, 88 são reeleitos e 53 venceram a disputa em novembro.

A prefeita de Sinop, Rosana Martinelli (PL), era elegível, mas não se candidatou, a exemplo de seus colegas em Santa Cruz do Xingu, Serra Nova Dourada, Mirassol D’Oeste e Nova Monte Verde.

Na tentativa de reeleição, 34 ficaram pelo caminho, a exemplo de Humberto Domingues (PSDB), de Guiratinga; Eduardo Capistrano (PDT), de Diamantino; Luiz Binotti (PDT), de Lucas do Rio Verde; Altir Peruzzo (PT), de Juína; e de seus colegas em Araguainha, Jauru, Colíder, Nova Santa Helena, Santo Afonso, Tapurah, São José do Xingu, Luciara, Planalto da Serra, Chapada dos Guimarães, Barra do Bugres, Jaciara, Pedra Preta, Tesouro, Cocalinho e Lambari D’Oeste.

Cumprindo segundo mandato consecutivo, eram inelegíveis, dentre outros, Lucimar Campos (DEM), de Várzea Grande; Adriano Pivetta (PDT), de Nova Mutum; Mauro Rosa (PSD), de Água Boa; Fábio Junqueira (MDB), de Tangará da Serra; Alexandre Russi (PL), de São Pedro da Cipa; Humberto Bortolini (PSD), de Itiquira; Beto Farias (MDB), de Barra do Garças; Fábio Schroetter (PSB), de Campo Verde; Asiel Bezerra (MDB), de Alta Floresta; Miguel Brunetta (PL), de Santo Antônio do Leste; e Valdir Castro Filho (PTB), de Santo Antônio de Leverger.

Dentre os reeleitos, Fábio Faria (DEM), Canarana; Moisés dos Santos (DEM), Juscimeira; Valcir Casagrande (PL), Sapezal; Gustavo Melo (PSB), Alto Araguaia; Valdécio Luiz da Costa, o Zão (PL), Dom Aquino; Marcelo Aquino (PL), General Carneiro; Abmael Borges (PL), Vila Rica; Érico Stevan (DEM), Guarantã do Norte; Tata Amaral (DEM), Poconé; Voney Goiano (MDB), Gaúcha do Norte; Professor Claudinei (Republicanos), Alto Garças; José Zamoner, o Zeca (DEM), Nova Guarita; Maurício Ferreira (PSD), Peixoto de Azevedo; Ronivon Parreira (PSDB), Ribeirãozinho; e Toni Mafini (PL), Novo Mundo.

O DEM ganhou o maior número de prefeituras - 25 -, mas o segundo colocado, o MDB, com 23, venceu em Cuiabá; em Várzea Grande, com Kalil Baracat; e em Primavera do Leste, com o reeleito Léo Bortolin, ao passo que o DEM ficou restrito a pequenos municípios e sua maior conquista foi a prefeitura de Juara.

Em terceiro lugar, o PSB ganhou em 13 municípios e, dentre eles, Cáceres.

Os tucanos venceram em 11 cidades, incluindo Tangará da Serra, com Vander Masson; Sorriso, com o reeleito Ari Lafin; e Alta Floresta, com Chico Gamba.

O PSD não foi além de 10 prefeituras pequenas.

O Solidariedade elegeu oito prefeitos e, dentre eles, o reeleito Zé Carlos do Pátio, em Rondonópolis, município que tem o terceiro eleitorado mato-grossense.

Dois partidos elegeram somente um candidato cada. Os petistas administrarão Castanheira com Jakson Rios Junior, o Juninho; e Edegar José Bernardi, o Neninho da Nevada (PRTB), venceu em Nova Ubiratã.

O prefeito mais novo é Rogério Meira (Progressistas), 24 anos, de Jangada, e nascido naquele município. O decano é Nelson Orlato (PSB), de Pedra Preta, 73 anos.

Em alguns casos, prefeitos confundem cargo com profissão e 21 declararam que sua atividade profissional é a de prefeito.

Oito vereadores que se elegeram para prefeituras também informaram que trabalham enquanto vereador.

Os empresários são em maior número: 23, a exemplo de Nelson Paim (PDT), reeleito em Poxoréu.
Os pecuaristas somam 19. Os agricultores nove, os comerciante seis.

Quatro são advogados, a exemplo de Janailza Taveira (SD) reeleita em São Félix do Araguaia. Carlos Sirena (DEM) eleito em Juara é zootecnista.

Rogério Vilela (Podemos) é tabelião em Comodoro. Juína será administrada por Paulo Veroneze (Podemos), nascido no município e engenheiro industrial madeireiro.

Cinco médicos venceram a disputa. Em Confresa, Rônio Condão (Progressistas) se reelegeu. Em Diamantino Manoel Loureiro (MDB). Em Vila Bela da Santíssima Trindade, André Brigsken (MDB), nascido no município.

Em Barra do Bugres, Divino Henrique Rodrigues dos Santos (PDT). E em Água Boa, Mariano Kolankiewicz (MDB).

Na luta por prefeitura, vale tudo.

Em Acorizal, os irmãos Maldo (Progressistas) e Meraldo de Sá (PSD) concorreram ao cargo de prefeito. Meraldo venceu. Ambos nasceram no município.

Ao contrário do que aconteceu em Acorizal, em Ponte Branca, os irmãos Clenei e Clayton Parreira formaram uma chapa familiar que disputou sem oposição.

Clenei (Podemos) nasceu no município, e seu mano é filiado ao (Progressistas).

A mesma condição dos Parreira em Ponte Branca se repetiu em Porto Alegre do Norte, Marcelândia, Salto do Céu, Nova Guarita, Castanheira, Itanhangá e União do Sul.

Em Salto do Céu, o Professor Mauto (SD) se elegeu. Em Porto Alegre do Norte, Daniel do Lago (PDT) se reelegeu.

No menor município de Mato Grosso, Araguainha, Francisco Gonçalves da Neves, o Chiquinho (PSL), ali nascido, venceu a eleição por 18 votos, que alcançaram 50,99% do eleitorado (464), e seu adversário, o prefeito democrata Sílvio José de Moraes Filho, o Silvinho, cravou 446 (49,01%).

Chiquinho declarou ser motorista particular, mas não exerce mais essa profissão. É comerciante.
No outro extremo da eleição, em segundo turno, Emanuel Pinheiro conquistou a prefeitura de Cuiabá com 135.662 votos (51,15%).

RETORNO – As urnas devolveram o poder a 10 ex-prefeitos.

Dentre eles, Andre Bringsken (MDB), Vila Bela da Santíssima Trindade; Meraldo de Sá (PSD), Acorizal; Nelson Orlato (PSB), Pedra Preta; Toni Dubiella (MDB), Feliz Natal; Parassu Freitas (MDB), Luciara; Leonardo Zampa (PL), Novo São Joaquim; Fernando Zafonato (DEM), Matupá; e Adair Moreira (MDB), Alto Paraguai.

XAVANTE – Em Campinápolis, único município mato-grossense onde a população indígena supera a sociedade envolvente, o pastor José Acácio Serere Xavante (Patriota) disputou a prefeitura ,alcançando 689 votos, ficando em terceiro lugar. 

O eleito foi José Bueno Vilela (DEM) com 3.996 votos.

PORTUGUÊS – Nascido em Portugal, o vice-prefeito no segundo mandato em São Pedro da Cipa e pecuarista Eduardo José da Silva Abreu, o Eduardo Português (PSB), se elegeu prefeito.

MULHERES – As mulheres conquistaram 15 prefeituras.

A mais importante é a de Cáceres, com Eliene Liberato.

Também foram eleitas: Gheisa Borgato (PSD), Glória D’Oeste; Andreia Wagner (PSB), Jaciara; Seluir Peixer (PSDB), Aripuanã; Francielli Magalhães (PTB), Santo Antônio de Leverger; Joraildes Souza (PSD), Santa Cruz do Xingu; e Ana Maria Casagrande (Patriota), Nova Maringá.

Se reelegeram: Janailza Taveira (SD), São Félix do Araguaia; Luzia Brandão (SD) Ribeirão Cascalheira; Marilza Augusta (MDB), Nova Brasilândia; Maria Lúcia Porto (PL), Conquista D’Oeste; Inês Coelho (DEM), Torixoréu; e Carmem Martinez (DEM), Carlinda.

Em Alto Taquari, o ex-prefeito Lairto Sperandio foi alcançado pela Lei Ficha Limpa e lançou sua mulher, a professora do ensino médio e ex-vereadora Marilda Sperandiio (DEM), que venceu com 2.686 votos (50,83%).

A geógrafa tucana Margareth Gonçalves da Silva levou para as urnas em Barão de Melgaço o mais puro linguajar de Cuiabá, onde nasceu.

Sua candidatura foi registrada com o nome Margareth de Munil. Barão é município do entorno da Capital.

A forma de se expressar e seu sotaque são comuns aos moradores do Vale do Rio Cuiabá.
Sem se afastar de suas origens, Margareth de Munil agora é Sua Excelência, a prefeita melgacense.
Imprimir