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29/11/20 às 13:33

Sindicato destaca atuação de escrivã no combate à violência doméstica

A diretoria do Sindicato dos Escrivães de Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso – Sindepojuc-MT destacou a implantação do projeto ‘Rede de atendimento e enfrentamento à violência doméstica e familiar e à violência sexual contra mulher, criança e adolescente de Água Boa e Nova Nazaré’. O trabalho, que tem o apoio da primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, foi inspirado nos moldes do projeto já executado em Cuiabá e Várzea Grande, e contou com a dedicação e empenho da escrivã Renata Brito Peres, do delegado Gutemberg de Lucena Almeida e do delegado Regional, Valmon Pereira da Silva, titular da delegacia.

“O sindicato parabeniza os envolvidos nesse projeto que ajuda a salvar vidas de vítimas de violência doméstica e sexual, que encontram amparo necessário para retomar a vida e ter dignidade”, afirma o presidente do Sindepojuc, Davi Nogueira. 

A escrivã Renata descreve como fundamental a iniciativa do governo e o engajamento da equipe de Água Boa. “O nosso projeto iniciou com incentivos da primeira-dama, Virgínia Mendes, que teve a ideia do atendimento especializado para a mulher, começando em Cuiabá e Várzea grande, se tornando exemplo às outras delegacias. O trabalho em equipe aqui da Delegacia de Água Boa resultou na ampliação do atendimento para jovens e adolescentes vítimas de violência sexual. E, através de doações, conseguimos viabilizar materiais e equipamentos necessários para a montagem da sala para o atendimento. Agradeço muito a confiança de todos que acreditaram em nosso trabalho, especialmente, ao delegado Dr. Gutemberg que me convidou para participar desse projeto maravilhoso e que já dá bons frutos”, destacou a escrivã ao acrescentar a importância do trabalho dos colegas investigadoras Dheynny de Melo Carvalho e Wandervaney Soares da Silva, que fizeram a diferença à execução do projeto.

"O combate à violência contra mulher tem sido uma das minhas principais bandeiras e este ano entregamos a Delegacia da Mulher 24 Horas, em Cuiabá, fortalecendo a estrutura de atendimento às vítimas. Para além disso, é essencial que haja também um corpo de profissionais preparados e que atuem com amor, sensibilidade e acolhimento às mulheres que buscarem atendimento nas unidades de polícia. Tenho buscado trabalhar em parceria com os servidores neste sentido. Agradeço a todos que se empenham em prol da causa do combate à violência doméstica", afirmou a primeira-dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes.

Diante a sua importância, o projeto da Delegacia de Água Boa também contou com a efetiva participação das Secretarias de Educação, Assistência Social e Saúde do município, Câmara de Vereadores, Polícia Militar, OAB, CONSEG, POLITEC, Conselho Tutelar, Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública.

Agora, a população conta com o amparo e atendimento humanizado e eficiente às vítimas, tendo como foco também a redução nos índices de violência doméstica e familiar e à promoção da justiça e a equidade social.

O acolhimento especializado visa: humanizar o atendimento a vítima, buscando através da qualificação dos profissionais o equilíbrio entre um atendimento técnico e livre de julgamentos; tornar o atendimento mais eficiente e especifico; promover maior celeridade ao procedimento; oferecer um ambiente acolhedor às vítimas; realizar a ocorrência minuciosa, oitiva e investigações preferencialmente por policiais do sexo feminino; prestação de serviço de saúde e de assistência social com urgência e a ministração de palestras, ‘lives’, reuniões, entre outros para o público em geral e tratativas específicas para o público alvo.

“A violência contra as mulheres é um problema complexo e devastador, o qual traz prejuízos a saúde mental e física da mulher e de familiares, pois estes se envolvem em tais problemas e uma Rede de Atendimento e Enfrentamento articulado destes casos é de extrema importância”, diz trecho do projeto.

E complementa que “a violência sexual é reconhecida como um problema de saúde pública e de violação aos direitos humanos da pessoa, tratando-se do ato ou da tentativa do ato sexual, investidas ou comentários sexuais indesejáveis contra a sexualidade de uma pessoa a partir da coerção afetando principalmente mulheres e na maioria dos casos praticadas por homens. É visto um grande número de casos apurados, denunciados, processados e o número de crianças e adolescentes chama a atenção, pois é crescente a cada ano”.

Para isso, o atendimento humanizado ajuda a encorajar as vítimas. Já que muitos fatores influenciam a vítima a não buscar ajuda especializada. A exemplo de vergonha, medo, desamparo, culpa, insegurança; desencorajamento de expor a órgãos competentes sobre os casos de abuso, estupro, exposições íntimas, etc. Bem como a falta de local apropriado para conversar sobre o fato, daí a importância da sala preparada especialmente a esse atendimento.

“Desta forma o projeto visa à consolidação de um atendimento efetivo e especializado que propicie o atendimento integral, humanizado e capacitado às vítimas. Atualmente, a Delegacia Municipal de Água Boa, já vem realizando um trabalho diferenciado em tais atendimentos, dando prioridade e especificidade aos casos, a qualquer hora e em qualquer lugar”, explicou Renata.
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