Imprimir

Imprimir Notícia

02/11/20 às 08:41 | Atualizada: 02/11/20 às 08:53

Urna em Aldeia: Índios vão economizar 10 horas para ir votar

Em Mato Grosso, índios do Parque Nacional do Xingú vão exercer o direito ao voto em uma urna eletrônica que será instalada pela Justiça Eleitoral na aldeia Kalapalo, na região de Querência (MT).  A estratégia vai reduzir o tempo de quase 10 horas de viagem que  os eleitores tinham que percorrer fazer para votar na cidade. 
 
Os eleitores das comunidades indígenas mais próximas serão transportados de ônibus para votar na aldeia Kalapalo, em 15 de novembro. Dois tratores serão utilizados para prestar socorro caso os ônibus fiquem atolados nas estradas que cortam o Parque. 
 
Um treinamento sobre como votar na urna eletrônica foi realizado no idoma indígena dos índios Kalapalo pela equipe da 53ª Zona Eleitoral de Querência. Os índios da aldeia Ilha Grande e de outras sete da etnia Kayabi, votarão na seção eleitoral que funcionará na Aldeia Kalapalo. O treinamento foi esta semana.
 
O chefe do cartório eleitoral da 53ªZE/MT, Tiago Lima Magalhães da Cunha  explicou que o objetivo do treinamento é facilitar o acesso à urna para os indígenas. “Nestas comunidades, durante muito tempo, os eleitores tinham que se deslocar até Querência, um percurso de quase 10 horas de barco, carro e ônibus para exercer o direito ao voto. Esse ano isso não será mais necessário. Além disso, temos novos eleitores que tinham que ser orientados sobre como votar na urna eletrônica”, ressaltou. 
 
As lideranças da comunidade indígena também discutiram com os servidores da Justiça Eleitoral e o promotor de Justiça da área, Edinaldo dos Santos Coelho, as  questões de logística da eleição municipal e para Senador. Na reunião da aldeia Kalapalo, também participaram lideranças de aldeias Matipu, Nahukuá. 
 
Para o cacique Sirainhu Kayabi, ao instalar a urna na aldeia a Justiça Eleitoral evita muitos transtornos para a comunidade no dia das eleições. “ Essa ideia foi boa. E a Justiça vindo até nós, facilita. Ir para cidade é uma confusão para nós”, lembrou o Cacique.
Imprimir