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17/08/20 às 20:56 | Atualizada: 17/08/20 às 21:18

Pré candidato ao senado Nilson Leitão recebe apoio de Dilmar, Júlio, Jaime e Wellington

O senador Jayme Campos (DEM) não escondeu sua insatisfação com o governador Mauro Mendes (DEM) ao oficializar apoio à candidatura do ex-deputado federal Nilson Leitão (PSDB) na eleição suplementar ao Senado na tarde desta segunda-feira (17). Em entrevista à imprensa, o parlamentar disse ser “livre” e garantiu que o tucano terá uma “vitória esmagadora”, independente do apoio do DEM. 
 
“Essa eleição aqui, nós vamos ganhar de forma esmagadora. Nilson Leitão vai ter duas vezes mais votos do que teve na eleição passada. Nós vamos à luta e não temos medo de cara feia. Ninguém tem a autoridade de me cobrar nada de lealdade política. Eu sou leal a quem é leal a mim. Estarei na trincheira lutando até os últimos dia para eleger Leitão”, avisou numa "cutucada" ao governador democrata que na eleição que estava prevista em abril tinha a intenção de apoiar o senador interino Carlos Fávaro (PSD) em detrimento do ex-governador Júlio Campos (DEM).

Nesta segunda, o grupo liderado pelo senador Jayme Campos, deputado Dilmar Dal Bosco e ex-governador Júlio Campos oficializou apoio a Leitão na disputa ao Senado. O ex-governador Júlio Campos será o primeiro-suplente e o ex-vereador de Rondonópolis, José Márcio Guedes (PL), será o segundo suplente indicado pelo senador Wellington Fagundes.


Foto: Edson Rodrigues/RDNews

A confirmação ocorreu em coletiva no Hotel Paiaguás, em Cuiabá. A coligação terá PSDB, DEM, PSL, PL e ainda pode agregar até duas legendas de menor porte.

 
 
A decisão vai na contramão do governador, que deve apoiar o senador interino Carlos Fávaro. Porém, Jayme citou que o governador já vinha preterindo seu grupo dentro do DEM.

Ele lembrou que, em março, Mauro colocou Júlio Campos como “terceira opção” para a eleição ao Senado que foi cancelada devido a pandemia. “O governador falou que era impossível apoiar o Júlio porque ele tinha como seu companheiro de chapa, Otaviano Pivetta, e depois Carlos Fávaro. A terceira opção seria o Júlio. Nós respeitamos essa decisão, haja vista que fomos para convenção, sabendo que o governador não tinha nenhum compromisso conosco”, complementou.

O senador aproveitou o calor das palavras e ainda rebateu as críticas de que o apoio ao tucano tenha provocado um "racha" dentro do partido. “Nós demos a ele a procuração para que ele fizesse o que bem entendesse. Então, não vai ser por conta disso que poderão falar que nós estamos fazendo uma rebelião partidária. Não tem mais ninguém partidário nesse Estado que eu o Júlio Campos”, garantiu.

No fim, o ex-governador Júlio Campos relembrou toda sua história política na liderança do Democratas e exigiu coerência do partido ao cobrar apoio a sua candidatura ao Senado. "São 41 anos de coerência partidária. Ninguém tem uma história tão oportuna do eu tenho com o meu partido. Temos a maioria para somar nessa coligação. Eu acho que eu tenho um mérito muito grande e falei isso ao Fábio Garcia. Disse a ele que se tem alguém para exigir mérito do partido para ser suplente na disputa ao Senado, sou eu”, concluiu.
 
Uma reunião foi marcada para o fim da tarde desta segunda-feira (17), no Palácio Paiaguás. No encontro, os irmãos Campos vão entregar ao governador o convite de coligação.
 
 
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