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02/08/20 às 15:07 | Atualizada: 02/08/20 às 15:12

Guiratinga comemora 87 anos com antigo sonho realizado

A população de Guiratinga no sudeste de Mato Grosso, que completa neste domingo (02.08) 87 anos de emancipação política, poderá comemorar o aniversário do município com realização de um antigo sonho.

No final do ano passado, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), concluiu a pavimentação de 41,4 quilômetros da MT-100, entre o município e Tesouro, e restaurou o asfalto de outros 62,74 quilômetros da MT-270, que liga a cidade até Rondonópolis. Um investimento superior a R$ 90 milhões.

“Esta obra representa muito para estas duas cidades irmãs (Guiratinga e Tesouro). É um sonho para o nosso povo. Ao governador Mauro Mendes, nossa eterna gratidão por tornar este sonho realidade”, agradeceu, no dia da inauguração, o prefeito Humberto Bolinha.

Obra fundamental para o escoamento da produção agropecuária do município, entre soja (227,7 mil toneladas avaliadas em R$ 248,573 milhões em 2018, de acordo com o IBGE), milho (154,5 mil toneladas, R$ 59,3 milhões) e algodão herbáceo em caroço (24,63 mil toneladas, R$ 63,97 milhões), além de um rebanho bovino de 180 mil cabeças.

Com 15.141 habitantes estimados pelo IBGE em 2019, Guiratinga produz ainda um pouco de banana (120 toneladas), feijão (450 toneladas), mandioca (450 toneladas), melancia (100 toneladas) e sorgo (3.750 toneladas).

O setor que mais pesa na composição de seu Produto Interno Bruto (em 2017, segundo o IBGE) de R$ 326,045 milhões, é a agropecuária, responsável por 43,07% deste total. É seguido por administração pública (24,97%), Serviços (22,48%), indústria (3,68%) e impostos (5,8%). O PIB per capita é de R$ 22.308,98.

História

Começa no final do século XIX (1890), com a chegada dos primeiros migrantes ao leste mato-grossense. Logo em seguida, a Missão Salesiana no Brasil, em 1894, estabeleceu a Colônia Indígena Sagrado Coração de Jesus, na localidade de Merure, dos índios bororos.

Em 1895, chegam os nortistas e nordestinos, em busca de seringueiras e das mangabeiras, cujas árvores proliferam na região e eram ricas em látex. Com a escassez da borracha, muitos migrantes não regressaram ao seu local de origem. Também vieram migrantes de Minas e Goiás, que criavam gado bovino e a agricultura de subsistência.

Um desses migrantes começou a investigar existência de diamantes na região. Diz-se que um índio bororo informou que, na confluência dos rios Cassununga e Garças, havia grande quantidade de pedrinhas brilhantes, que chamavam de toricuiêgo. Daí pra frente, vários povoados surgiram.

A fundação de Guiratinga é creditada ao mineiro Augusto Alves, que em 1920 se instalou com sua família na região, em um rancho de sapé. Pouco tempo depois, conta-se, sua bonita casa, às margens do córrego Seminário, seria o ponto de partida para a futura Lageado (1938), que pouco tempo depois (1943) passaria a se chamar Guiratinga.
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