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11/07/20 às 13:06

Crianças não transmitem Covid-19 e escolas devem reabrir, afirmam especialistas

Um artigo de opinião, que apareceu na revista Pediatrics, a revista científica oficial revisada por pares da Academia Americana de Pediatria, EUA, informa que crianças raramente transmitem Covid-19. Se as escolas seguirem as orientações de segurança e observarem a taxa de alastramento da doença nas suas regiões, podem reabrir no próximo semestre letivo.

Os médicos redatores do artigo de opinião são os especialistas em doenças infecciosas pediátricas Benjamin Lee e William V. Raszka, Jr., que trabalham na Universidade Larner e na Universidade de Vermont (ambas nos EUA), respectivamente. Dr. Raszka é um dos editores da revista Pediatrics.

Os médicos baseiam suas conclusões em um estudo recente, publicado na mesma edição da revista científica, e outros quatro estudos novos que investigam como o Covid-19 se transmite nas crianças.

Os estudos sobre Covid-19 em crianças e suas transmissão
Os verdadeiros culpados

“Os dados são impressionantes”, afirmou Dr. Raszka. “O principal argumento é que as crianças não são os focos da pandemia. Após seis meses, temos uma série de dados acumulados que exibiram que crianças têm chances menores de serem infectadas e parecem ser menos infecciosas; são os adultos gregários, que não seguem os protocolos de segurança, que são os responsáveis pela subida da curva”.

Outras evidências que mostram que as escolas podem reabrir

Modelos matemáticos também contribuem para a idéia de que crianças não são transmissores significativos da doença, de acordo com os médicos. Eles mostram que o uso de máscaras faciais e distanciamento físico são muito mais eficazes para conter propagação de doenças do que fechar escolas. Outros dados que acrescentaram: escolas reabriram na Europa e no Japão sem aumento de casos. Essas são confirmações dos modelos, na opinião deles.
 
A reabertura das escolas, se realizada com segurança é fundamental para que as crianças se desenvolvam de maneira saudável, dizem os médicos. “Ao fazer isso poderíamos minimizar os custos sociais, de desenvolvimento e de saúde adversos potencialmente profundos que nossos filhos continuarão sofrendo até que um tratamento ou vacina eficaz possa ser desenvolvida e distribuída, ou na sua falta, até atingirmos a imunidade de grupo”, concluem os autores. [Pediatrics/EurekAlert]
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