Imprimir

Imprimir Notícia

10/02/20 às 17:50

Cuiabá - Plantio de mudas na região da Rodoviária encerra workshop sobre clima, arborização e sustentabilidade

Uma oficina de plantio de 500 mudas de árvores nativas do cerrado mato-grossense, nas alças de acesso ao Viaduto da Rodoviária de Cuiabá, encerrou na manhã de sábado (08/02) o  Workshop Clima, Arborização e Sustentabilidade, promovido nos dias 7 e 8 de fevereiro pelo Poder Judiciário de Mato Grosso, por meio do Projeto Verde Novo e parceiros.  O plantio foi feito pelo juiz do Juizado Volante Ambiental (Juvam), Rodrigo Curvo; o mestre em Botânica Ricardo Cardim, um dos palestrantes do evento; além de dezenas de parceiros e voluntários, participaram da ação desenvolvida em um dos pontos estratégicos da Capital, usado como rota para um dos destinos turísticos mais procurados do Estado, a cidade de Chapada dos Guimarães.

O juiz Rodrigo Curvo destacou a participação do botânico Ricardo Cardim no plantio das mudas. Disse que o especialista de São Paulo trouxe para Mato Grosso a sua experiência com a Mata Atlântica e está tendo oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a vegetação característica do cerrado mato-grossense. Conforme o magistrado, o Projeto Verde Novo tem por objetivo sensibilizar a população sobre a necessidade de arborizar Cuiabá, para amenizar o calor e oferecer conforto aos pedestres, e ao mesmo tempo estimular o cidadão a plantar árvores nos espaços públicos da Capital.

Ricardo Cardim afirmou que a arborização é fundamental para melhorar a temperatura e a umidade de Cuiabá e opinou que a cidade precisa ousar no tamanho das árvores. “Cuiabá precisa de árvores grandes. Uma árvore pequena corresponde a um galho de uma árvore grande”, destacou o especialista. Ele reconheceu que a fiação elétrica suspensa ainda é um impedimento para o plantio de árvores grandes, mas ressaltou que o tema precisa ser discutido entre o poder público e a empresa concessionária de energia.

Sobre a impressão que teve da capital mato-grossense, o botânico disse ter observado muitas árvores nos quintais, mas que a arborização ‘deixa a desejar’ nos espaços públicos, como calçadas e canteiros centrais. “A gente percebe que há espaço para muitas árvores, que são uma ferramenta de saúde e bem-estar. Esse projeto (Verde Novo) é maravilhoso porque estende o plantio das árvores nos quintais para as calçadas e avenidas”, observou.

Consciência - o aposentado Daniel Moreira Nunes, de 83 anos, foi um dos voluntários que acordou cedo no sábado disposto a contribuir para tornar Cuiabá uma cidade melhor para se viver. Há três anos morando na capital mato-grossense, o cearense Daniel disse não gostar de calor e, plantando as árvores, sentia estar colaborando para amenizar o calor. Para ele, a população precisa se conscientizar sobre a importância de preservar o meio ambiente, para o futuro dos homens e dos animais.

A estudante Isabelle Venturoso Aleixo, 11 anos, também aproveitou a manhã de sábado para plantar árvores. Acompanhada da mãe, que esteve presente nas palestras na sexta-feira e decidiu participar com a filha da oficina de plantio, Isabelle disse participar de um projeto de sustentabilidade promovido pelo colégio onde estuda e que sempre gostou de estar em contato com a natureza, seja com plantas ou animais.

O caçula entre os voluntários era o estudante Mateus Vinícius Castiglioni Alves Scaravelli, de 8 anos, que pela primeira plantou uma árvore em um espaço público. A sua única experiência anterior havia sido o plantio de uma muda em casa. Ele escolheu um ponto estratégico para plantar a sua muda, perto da avenida, para poder conferir o crescimento dela toda vez que passar pelo local.

Preservação - Rejane Mara Castiglioni, presidente da Associação Brasileira dos Engenheiros Civis (Abenc), seção Mato Grosso, parceira do Projeto Verde Novo, acredita que a sociedade esteja evoluindo e que é preciso aliar o uso das novas tecnologias de desenvolvimento com a preservação ambiental. Ela destacou que os profissionais da engenharia, tanto na fase do projeto quanto da execução da obra, devem pensar na sustentabilidade, ou seja, no que será feito com o lixo e o entulho que sobram, nas técnicas de redução de consumo de energia, ventilação, conforto térmico etc.
Imprimir