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16/01/20 às 21:55

'Após transplante de rim, Mato Grosso se prepara para transplante de medula óssea', anuncia Gilberto Figueiredo

À frente do processo que recolocou Mato Grosso na lista dos estados que realizam transplante de rim, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, anunciou que na próxima segunda-feira (20) iniciará o processo de credenciamento para a reativação do transplante de medula óssea.

O anúncio vem dois dias após a realização exitosa do transplante de rim – de uma doação intervivos – que retomou o procedimento em Mato Grosso, suspenso há quase 11 anos. A última vez que Mato Grosso havia realizado o procedimento foi em maio de 2009.

A cirurgia ocorreu no Hospital Santa Rosa – unidade credenciada pelo Ministério da Saúde para realizar o transplante pelo Sistema Único de Saúde (SUS) –, em que Glacelise Bettini da Silva Medrado, de 42 anos, recebeu o rim da irmã-doadora Carmem Regina da Silva Medrado, de 47 anos. Todo o processo é organizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).

Gilberto Figueiredo conta que antes da cirurgia, na segunda-feira (13), visitou as irmãs no Hospital Santa Rosa e se emocionou com a história de amor que levou uma a disponibilizar e doar o rim à outra sem questionar as consequências. “O mais recompensador neste processo todo é ver que, por meio de um trabalho sério, é possível mudar a vida das pessoas. O transplante significa não apenas vida, mas qualidade de vida”, disse Gilberto.

Gilberto destaca que a Glacelise não vai ficar amarrada aos efeitos que a hemodiálise traz para a vida dos pacientes. “Agora ela tem qualidade de vida”, falou. “Esta é apenas a primeira de uma série de outras duplas de pacientes que já foram avaliadas para fazer o transplante”, revelou o secretário de estadual de saúde, Gilberto Figueiredo.

Após a cirurgia de Glacelise, mais de 900 pacientes que aguardam por cirurgias de transplante de rim em Mato Grosso poderão ter a expectativa de realizar a cirurgia no estado de domicílio, custeada 100% pelo SUS. É importante destacar que para se tornar apto ao transplante, o paciente passa por um processo de avaliação de saúde, compatibilidade e cadastro Nacional.

Prioridade na atual gestão, o transplante é um marco histórico para a saúde em Mato Grosso. A reativação do procedimento cirúrgico de transplante renal vai gerar uma economia ao Governo do Estado de aproximadamente R$ 10 milhões por ano.

Antes da reativação do procedimento, os pacientes dependiam da disponibilidade do agendamento em perspectiva nacional, gerando um maior tempo de espera. Agora, o tempo de espera será reduzido e a SES-MT garante aos pacientes toda a assistência com medicação, consultas e vigilância do processo.

MAIS TRANSPLANTES – Gilberto conta que além do trabalho – que começa na próxima segunda – para habilitar Mato Grosso junto ao Ministério da Saúde para o transplante de medula óssea no estado, a expectativa é de que até o final de 2020 consiga fazer o credenciamento para o transplante de fígado. 

TRANSPLANTE RENAL – O programa de transplante renal iniciou suas atividades em 1999 e foi suspenso em maio de 2009. O reflexo da desativação desse procedimento foi o acúmulo de pacientes na fila de espera e que precisaram ser encaminhados para outros Estados para realizar os procedimentos mais urgentes. 

De acordo com os dados da Central de Transplante da SES-MT, atualmente, 1.800 pacientes estão realizando hemodiálise. A estimativa é de que 50% dessas pessoas tenham indicação para o transplante renal.
 
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