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26/06/19 às 07:42

Policiais protestam contra texto da reforma da previdência

Investigadores, escrivães e delegados, além de trabalhadores do Sistema Sócio Educativo da Polícia Civil e da Polícia Federal, paralisaram suas atividades nesta terça-feira (25), em âmbito nacional, em protesto pelas mudanças nas regras da aposentadoria definidas no relatório da Comissão Especial de Reforma da Previdência, a ser votado brevemente.

Em Cuiabá, a concentração ocorreu em frente à Secretaria de Segurança Pública, ao passo que, no interior, foi realizada em frente às delegacias de Polícia. Cerca de 600 profissionais da segurança participaram do ato.

Os presidentes dos sindicatos dos Investigadores, Edleusa Mesquita, dos Escrivães, Davi Nogueira, do Sistema Sócio Educativo, Paulo Cesar de Souza, dos Policiais Federais, Erlon de Souza, e, dos Delegados, Maria Alice de Amorim, lideraram a paralisação, a partir das 13:00 horas.

Edleusa Mesquita fez um histórico das reivindicações dos trabalhadores da segurança, explicando a paralisação e conclamando os manifestantes de todas as categorias a irem à Brasília no próximo dia 1º de julho, quando está prevista mais uma manifestação com a participação de policiais de todo o Brasil contra as medidas da Reforma. Medidas estas, que, segundo afirmou, são prejudiciais à segurança como um todo, exceto à PM e às Forças Armadas.

Pelas regras atuais da Previdência, os policiais civis precisam ter contribuído 25 anos, se mulheres, ou 30 anos, se homens, sendo o tempo mínimo de exercício do cargo de natureza estritamente policial de 15 e 20 anos respectivamente. Não há idade mínima para a aposentadoria.

De acordo com a reforma, tanto os policiais civis, federais e rodoviários federais, como os agentes penitenciários e sócio educativos, se aposentarão aos 55 anos. A idade valerá tanto para homens como para mulheres. Os tempos de contribuição, porém, não mudam e seguem diferenciados para homens e mulheres.

Isso será o fim das aposentadorias especiais para as categorias que trabalham em áreas consideradas perigosas, penosas ou de alto risco, e que sentem-se prejudicados por essa mudança, conforme prevêem lideranças sindicais nacionais. Se o projeto for aprovado como está definido, fica comprovado que o número de anos de vidas desses profissionais diminui pelo fato de eles estarem expostos a agentes que prejudicam a vida.

O diretor da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), Marcelo Azevedo, defende a diferenciação da previdência dos policiais civis, porque a profissão é atividade de risco, gera desgaste físico e mental e restringe direitos. Ele lembra que os policiais civis e federais não têm adicionais noturno, de insalubridade e de periculosidade, não ganham hora extra e não podem fazer greve.

A caravana de Mato Grosso segue para Brasília na próxima segunda-feira, 1º, esperando levar um grande grupo de policiais civis para o protesto que envolverá policiais do Brasil inteir
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