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23/06/19 às 09:17

Barbudo: 'Bancada ruralista é grande e quer liberação das armas'

O deputado federal por Mato Grosso Nelson Barbudo (PSL) afirmou ver grande possibilidade da Câmara reverter a decisão do Senado que derrubou o decreto do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que facilita a posse e o porte de armas no País.
 
A decisão do Senado foi tomada na última terça-feira (18), com a aprovação do parecer da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) suspendendo os efeitos do decreto. O tema deverá tramitar em regime de urgência na Câmara, indo direto ao plenário. Não há, porém, prazo para votação.
 
 
Em entrevista ao site MidiaNews, Barbudo disse que não vê a decisão do Senado como uma “derrota” para Bolsonaro. A flexibilização da posse e porte de armas de fogo foi uma das bandeiras da campanha eleitoral do agora presidente, que prometeu reforçar o combate à violência no Brasil.
 
“Vários votos que eu analisei, os senadores - tirando os petistas - afirmaram que só foram contra porque não houve tempo necessário para discuti-los, ressaltando que a Câmara poderá analisar melhor”, disse. 


Barbudo afirmou que a vitória na Câmara pode vir através da bancada ruralista, formada por 225, dos 513 deputados.
 
“A bancada ruralista é muito grande. Então, na Câmara tem possibilidade sim de aprovar o decreto. Eu conto com essa possibilidade. Todo mundo que é do campo acha necessário a liberação das armas para que a propriedade rural seja protegida. Esses dias teve um roubo de R$ 10 milhões de veneno em Mato Grosso. Por isso que a bancada ruralista é muito coesa quanto à liberação das armas”, afirmou.
 
Segundo Barbudo, para conquistar mais votos a favor do decreto pode ser necessário algumas emendas. Mas frisou que “não será difícil chegar a um consenso”.
 
“Para mim, os decretos estão bons do jeito que estão. Agora, tem pessoas que enxergam de outra maneira. Eles acham que deve ser liberado, mas que precisa melhorar algumas coisas. Por exemplo, os exames psicotécnicos. Tem muita coisa para ser debatido e eu acho e a Câmara é o lugar dos debates”, disse.
 
O decreto, assinado em maio por Bolsonaro, concedia porte de arma a 20 categorias profissionais e aumentaria de 50 para mil o número de munições que o proprietário de armas de fogos pode comprar anualmente.
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