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03/06/19 às 23:03 | Atualizada: 03/06/19 às 23:23

Operação do Ibama e da Sema apreende meia tonelada de pescado no Vale do Araguaia

O Ibama e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente de Mato Grosso – Sema MT se uniram para fortalecer as ações de fiscalização dos rios no Vale do Araguaia. Com apoio da Polícia Militar, a operação Rios Federais II promoveu ações fiscalizatórias nos municípios de Novo Santo Antônio e Ribeirão Cascalheira, atuando no rio das Mortes; no interior de unidades de conservação como o Parque Estadual do Araguaia e a Reserva de Vida Silvestre Quelônios do Araguaia; no território indígena Xavante; além do rio Araguaia. A ação ocorreu entre os dias 24 e 30 de maio deste ano e flagrou cinquenta pessoas entre pescadores, comerciantes e piloteiros em atividade ilegal de pesca ou caça.
 
Dentre as atividades irregulares, um cidadão de Ribeirão Cascalheira foi autuado por transportar 18 tartarugas e teve seu barco e motor apreendidos. Todos os instrumentos utilizados nos crimes foram recolhidos pela equipe, o que abrange desde varas de pesca a embarcações, inclusive, na noite do dia 27 de maio, dois comerciantes locais foram autuados pelo transporte com guia irregular de 224 kg de peixe Pirarucu. O pescado foi doado às obras sociais de Novo Santo Antônio e a caminhonete utilizada foi apreendida.
 
Caravanas de pescadores de São Paulo representaram 80% das autuações. Grupos foram localizados pescando no interior das Unidades de Conservação, pescando com redes, tarrafas e anzóis de galho (apetrechos proibidos) e pescando peixes abaixo da medida ou acima da cota individual por pescador amador, ou seja, 05 kg e mais um exemplar. Um político e sete populares de Ribeirão Cascalheira também foram autuados e responderão administrativamente e criminalmente pelas práticas.
 
A operação resultou na apreensão total de 14 conjuntos de canoas e motores de popa; 87 conjuntos de varas de pesca; 126 anzóis; 01 freezer e 07 caixas térmicas; 01 caminhonete; 510 kg de pescado e 18 tartarugas que foram soltas no local.
 
Segundo o coordenador da operação Leandro Nogueira, apesar do êxito da ação, atividades nocivas ao meio ambiente tendem a continuar devido o descontrole na entrada e saída de turistas e das construções irregulares de ranchos nas Áreas de Preservação Permanente por turistas, além do funcionamento de pousadas ilegais. “Para os munícipes só fica o prejuízo: redução do estoque pesqueiro e acúmulo de lixo deixado pelos visitantes, porque essas práticas não geram empregos e não contribuem com a economia local”, conclui Nogueira.
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