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06/04/19 às 11:51 | Atualizada: 06/04/19 às 11:58

Água Boa - Prematuro de cinco meses aguarda UTI, após Defensoria Pública conseguir direito na Justiça

Internado no Hospital Regional de Água Boa, em estado gravíssimo, P. V. M, que nasceu prematuro de cinco meses, na madrugada desta sexta-feira (5/4), aguarda transferência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde o início da noite. A Defensoria Pública de Mato Grosso conseguiu, na Justiça, decisão para que o Estado providencie o socorro.
 
Na medida, o juiz do Juizado Especial Cível e Criminal, Alexandre Ceroy, determinou prazo de quatro horas, após a citação, feita às 19h20, para que o Estado e o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Araguaia, viabilizem o atendimento. O prazo termina às 23h20, porém a defensora pública que atua no plantão e busca o cumprimento da decisão, Carolina Weitkiewic, informa que não há nenhum posicionamento oficial do Estado sobre quando fará a transferência.
 
O Hospital Regional de Água Boa, não conta com UTI, adulta ou pediátrica, e o bebê corre risco de perder a vida por ter nascido, segundo avaliação médica, com quadro hipotérmico, hiperglicêmico e com desconforto respiratório agudo. “Não foi realizado corticoide antenatal e o prematuro evolui com desconforto respiratório importante com necessidade de intubação ourotraquial e ventilação mecânica”, diz trecho do relatório médico anexado ao processo.
 
A mãe, Leomara da Silva Moura, informa que teve acompanhamento regular no pré-natal, porém, antes de completar seis meses de gestação, entrou em trabalho de parto. “Gente, estou aqui, pedindo ajuda pelo meu filho que ia completar seis meses de gestação no dia 12, não tenho nada para ajudá-lo, sou muito nova e pra mim ver ele nesse estado, sem poder fazer nada é muito difícil. Ele nasceu com 900 gramas, precisa, para se manter vivo, dessa UTI. É o apelo que faço”, disse.
 
O pedido de liminar, feito numa ação de obrigação de fazer, foi protocolada pelo defensor público Wendel Cruz. “O quadro clínico dele é gravíssimo. Se não receber atendimento adequado pode vir a óbito ou sofrer danos permanentes, diante da falta de estrutura do hospital onde se encontra, que não fornece gasometria, bomba de infusão, surfactante e outros. Eles não têm condições de atender a necessidade apresentada por esse bebê”, afirma na ação.
 
Caso o Estado não cumpra a liminar, Carolina informa que entrará com pedido de bloqueio de valores, ainda nesta madrugada. “Já consegui o orçamento de um hospital de Goiânia (GO), que ficou em R$ 200 mil, porém, seria importante que ele tivesse o atendimento o mais rápido possível e aqui”, afirma a defensora.
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