Imprimir

Imprimir Notícia

21/03/19 às 09:37

'Sistema cria mecanismos que retardam e criam brechas', diz presidente do TRE-MT sobre lei


Presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Márcio Vidal — Foto: TV Centro América

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desembargador Márcio Vidal, foi entrevistado no quadro Papo das seis, do Bom Dia Mato Grosso desta quinta-feira (21). Ele falou sobre a biometria em Mato Grosso, eleições suplementares e atuação da Justiça Eleitoral.
 
Sobre as eleições suplementares em Bom Jesus do Araguaia e Ribeirão Cascalheira, a 983 e 893 km de Cuiabá, respectivamente, no dia 7 de abril, o presidente declarou que o procedimento ocorre depois que gestores dos municípios foram cassados por serem acusados de abuso de poder econômico e compra de voto.
 
“Existe um prazo razoável para que ele possa exercer o direito da ampla defesa. Isso, obviamente, vai se arrastando. O sistema legal, cria, às vezes, mecanismos que propiciem esse retardamento e brechas [no desfecho do processo]. Nem sempre as leis são claras e precisas, ou cirúrgicas, elas são criadas e são variáveis”, declarou.
 
Bom Jesus do Araguaia e Ribeirão Cascalheira
 
Os eleitores de Bom Jesus do Araguaia e Ribeirão Cascalheira devem voltar às urnas em eleições suplementares após a cassação dos prefeitos. Ao todo, 11,1 mil eleitores devem participar das eleições que devem ser realizadas no dia 7 de abril.
 
Os novos representantes devem comandar as prefeituras até 2020.
 
Em Bom Jesus do Araguaia disputam Ronaldo Rosa de oliveira, pela coligação ‘Uma Nova História’, e Silvio Maria Dantas, da coligação ‘Deus no Comando, Trabalho e Amor por Bom Jesus’.
 
Serão quatro locais de votação para acomodar os 4.668 eleitores.
 
Em setembro de 2017, Joel Ferreira (PSDB) e Edmárcio Moreira (PRP) foram cassados por abuso de poder econômico e compra de votos. À época, eles negaram os crimes no curso do processo.
 
Já em Ribeirão Cascalheira, disputam o cargo Luzia Nunes Brandão, pela coligação ‘Unidos pelo progresso de Ribeirão Cascalheira’, e Wiser Barbosa Moura, da coligação ‘Rumo novo com a força do Povo’.
 
Serão cinco locais de votação para acomodar os 6.631 eleitores.
 
No ano passado, o então prefeito Reynaldo Fonseca Diniz (PR), e o vice dele, Gleison Oliveira, também do PR, tiveram os mandatos cassados por abuso de poder político e econômico nas eleições de 2016.
Imprimir