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12/03/19 às 21:27 | Atualizada: 12/03/19 às 21:34

Barra do Garças - Com dívida de R$ 14 mi, prefeito devolve hospital para Governo

O município de Barra do Garças vai devolver o Hospital e Pronto Socorro Milton Pessoa Morbeck ao Governo do Estado. A justificativa apresentada pelo prefeito Roberto Farias (MDB) é de que existe insuficiência de recursos para cobrir as despesas de média e alta complexidade e uma dívida de R$ 14 milhões acumulada entre 2013 e 2019.

O documento assinado pelo prefeito foi lido na sessão ordinária da Câmara na segunda (11). No ofício, o prefeito apresentou números que inviabilizam a gestão do hospital pelo município. O Estado terá o prazo de cinco dias para quitar a dívida com o município ou então assumirá em definitivo a administração da estrutura.

De acordo com os números apresentados pelo prefeito, Barra do Garças não tem mais nenhuma condição de continuar bancando as despesas de responsabilidade do Estado com recursos do município. Somente em 2018 e início de 2019, o Fundo Municipal de Saúde deixou de receber R$ 8 milhões para a média e alta complexidade, referente ao repasse de R$ 800 mil/mês.

A devolução da unidade ao Estado é a única saída para que o município não vá a falência, com a paralisação total de outros setores. A Prefeitura vem aplicando cerca de 52% de sua receita na estrutura sem, contudo, receber a contrapartida do governo estadual.

Além de custear todas as despesas, a prefeitura mantém também pacientes de 30 municípios de Mato Grosso e cerca de 10 de Goiás, que são internados diariamente sem nenhuma despesa da origem. A situação está afetando também o funcionamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), outra grande estrutura custeada pelo município.

O ofício lido na sessão da Câmara foi encaminhado também ao secretário de Saúde Gilberto Figueiredo e será protocolizado também no Palácio Paiaguás, ao governador Mauro Mendes (DEM) para que tome ciência da decisão. Na Câmara, os 15 vereadores apoiaram a medida do prefeito.

A disposição de devolver a estrutura hospitalar ao Estado vinha sendo analisada já alguns meses e chegou ao extremo diante dos constantes atrasos do Governo passado e a continuidade do atual, agravando ainda mais a situação que chegou ao insustentável.
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