TORNARAM-SE RÉUS: Justiça indicia Nadaf, Silval, Cursi e mais 3 por extorsão e crimes financeiros
Presos na Operação Sodoma há 15 e 22 dias, respectivamente, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os ex-secretários de estado Pedro Nadaf e Marcel de Cursi, vão responder a processo penal, conforme decisão da Sétima Vara Criminal da capital, a mesma que decretou suas prisões preventivas. Em outras palavras eles deixaram de ser apenas presos provisórios e passaram a ser réus.
No rol dos presos pela polícia na mesma operação, além de Silval, Cursi e Nadaf, estão indiciados também Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, que é ex-procurador do Estado, Karla Cecília de Oliveira Cintra, funcionária da Federação do Comércio de Mato Grosso e pessoa de confiança de Nadaf, e Sílvio Cezar Correa de Araújo, que foi chefe de gabinete de Silval Barbosa, na sua gestão até o ano passado.
Indiciados, todos vão responder a processo penal na Sétima Vara por formação de organização criminosa, concussão, extorsão e lavagem de dinheiro. As penas somadas somam a mais de 18 anos de cadeia. As denúncias que originaram a Operação Sodoma, do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado – o Gaeco – foram formuladas pelo Ministério Público.
Extorsão e lavagem de dinheiro
O cerne da denúncia aponta que os seis agora indiciados são a base, conforme os promotores, de um esquema fraudulento e criminoso que operava na concessão de benefícios fiscais do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial (Prodeic) e as ações de propina, chantagem e pressão ocorreram, em tese inicial, sobre três empresas locais.
De acordo com o MP, Silval, Nadaf e Cursi, principalmente, receberam mais de R$ 2,5 milhões em propina. Os advogados que defendem Silval não quiseram se manifestar. Silval Barbosa está preso no quartel dos Bombeiros, em Cuiabá; e Pedro Nadaf e Marcel Cursi, estão recolhidos a celas especiais no antigo Presídio do Carumbé.
