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04/11/18 às 17:42 | Atualizada: 04/11/18 às 17:52

Aripuanã -Invasores enchem sacos com terra retirada de garimpo e levam para casa na expectativa de achar ouro

Mesmo com uma série de dificuldades de acesso e falta d'água, o número de invasores no garimpo clandestino que fica em uma fazenda no município de Aripuanã, a 976 km de Cuiabá, só aumenta. A Polícia Militar que monitora o local estima a presença de aproximadamente 2 mil pessoas no garimpo, localizado em uma área particular.
 
Como não tem água no local, as pessoas enchem carros e motos de terra cavada no local e levam para fazer a separação em casa.
 
" Já tiramos uns 40 sacos e tem mais 40 para retirar lá embaixo. O nosso carro é pequeno, não podemos descer com o nosso carro lá. Daí tem um carro maior que baldeia do garimpo até Aripuanã. Primeiro, vamos mexer aqui, para depois lavar lá na cidade", disse a pescadora Solange Alves de Oliveira.
 
Já o motorista Fernando dos Reis levou ferramentas que podem ajudá-lo a encontrar ouro. "É um equipamento para fazer pesquisa de metais. Passa sobre a terra e identifica se tem o metal ou não tem", explicou.
 
Garimpo clandestino em Aripuanã continua atraindo pessoas
Garimpo clandestino em Aripuanã continua atraindo pessoas
 
A invasão na área começou há cerca de dois meses. O dono da fazenda já registrou queixa à polícia.
Nem a chuva impede a chegada de mais pessoas. A estrada de acesso à fazenda virou lama. Muitos carros atolam e enfrentam dificuldades para sair.

Área foi invadida por garimpeiros há cerca de dois meses — Foto: Reprodução/JN
 
A Polícia Militar está no local controlando o fluxo de carros e motos. O sargento da PM Rosino Antero de Souza afirmou que a presença da polícia no local é para garantir a ordem. "Nosso trabalho é manter a ordem entre os garimpeiros. Aqui tem pessoas que trabalham na área do garimpo como pessoas que nunca mexeram com trabalho de extração de minério", explicou.
 
A autônoma Marlene Alves saiu de Juína, a 737 km de Cuiabá, onde mora, e viajou mais 150 km para chegar ao garimpo, mas, segundo ela, não vale a pena continuar no local. "A gente viu que não compensa ficar. Então estamos indo embora, mas as pessoas que moram aqui serão abençoadas", disse.

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