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17/09/18 às 19:21

Londrina busca se tornar uma produtora de flores tropicais

Criatividade e visão de negócio são atributos essenciais para transformar um espaço inutilizado no campo em uma maior geração de renda para alguma família. Pensando nisso, um grupo de produtoras na cidade de Londrina, no Paraná, em parceria com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), começou um projeto para iniciar a produção de flores tropicais.

Nos próximos dois anos, a expectativa é que a produção dessas flores ganhe força em volume e comercialização. Em 2014, as flores representavam R$ 115 milhões no Valor Bruto de Produção, último número levantado pelo Deral. Como inspiração, há cases interessantes no Paraná, como As rosas de Marialva e os Crisântemos de Uniflor.

Em entrevista ao jornal Folha de Londrina, Ricardo Faria, do departamento de agronomia da UEL nas áreas de floricultura e paisagismo, explica que há 15 anos foram introduzidas pesquisas com flores tropicais na cidade, para analisar diversos comportamentos, como produtividade e adaptação das espécies na região.

A partir de então, decidiram formar uma parceria com um grupo de senhoras. A universidade ofertou as mudas, e os alunos a consultoria técnica (Consoagro). Das espécies estudadas, cinco foram escolhidas e podem estar em breve nas floriculturas da cidade: bastão-do-imperador, gengibre ornamental, bananeira-de-jardim (Heliconia rostrata), Heliconia sassi e Heliconia bihai vermelha.

Agora, já há de 10 a 15 produtoras. Para profissionalizar o cultivo, elas possuem apoio do Sebrae. Lá, recebem orientações sobre plano de negócios, viabilidade econômica e debates sobre como trabalhar em associação. Os alunos da universidade também passam as bases técnicas do sistema produtivo, como fazer o plantio e as necessidades de cada planta.

 A ascensão do setor de flores no Brasil é surpreendente. No ano passado, o consumo teve crescimento de 15% em algumas regiões, como em São Paulo. A média nacional de crescimento ficou em 8%. A média de gastos no país é de R$ 35 em flores segundo o Ibraflor (Instituto Brasileiro de Floricultura). Portanto, ainda há espaço para crescer.
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