O mercado de crédito está em franca recuperação no país. A informação é do Banco Central do Brasil, que divulgou no último mês de março a expectativa para o crescimento: 3,5%, superando a expectativa do ano anterior, que era de 3%.
Entre os principais motivos do aumento estão o otimismo do mercado, a busca pelo crédito livre e a expansão das atividades econômicas. O estudo “Panorama do Mercado de Crédito”, realizado pela FEBRABAN com dados fornecidos pelo Banco Central do Brasil e divulgado em janeiro de 2018, mostra como anda o cenário em território nacional.
Fintechs direcionam novo comportamento do mercado
As chamadas fintechs - empresas de tecnologia direcionadas a simplificar os processos financeiros - certamente possuem uma parcela importante de participação neste contexto. Do empréstimo online às contas totalmente digitais e gratuitas, esse novo espaço para o movimento de consumidores impulsionou os números e ampliou as possibilidades.
Segundo o “Panorama do Mercado de Crédito”, o chamado crédito livre para pessoas físicas teve alta de 2,3% em 2017, em comparação ao ano anterior. Foram concedidos R$ 857,7 bilhões em crédito no ano de 2017, sendo que o crédito pessoal (consignado ou não) corresponde a 48% deste montante. 24% desse total refere-se ao uso do cartão de crédito, e o cheque especial fica com apenas uma fatia de 3%, demonstrando que o consumidor tem criado o hábito de buscar crédito a juros mais baixos do que o do cheque especial.
O relatório também indica que há uma melhora micro e macroeconômica, que se reflete na recuperação gradual das condições de crédito - seja na oferta ou na demanda pelo recurso, tanto por pessoas físicas quanto por empresas.
Dados de um recente estudo global da Accenture reforçam este novo cenário e indicam que o novo comportamento do consumidor alterou a visão dos bancos e instituições sobre os serviços bancários, que agora precisam seguir a rotina dinâmica e digital dos clientes e atender necessidades e anseios diferentes dos que se apresentavam anteriormente. Consequentemente, o mercado de crédito precisou acompanhar essas mudanças.