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18/07/18 às 14:44

BCAA e glutamina: quando tomá-los? Nutricionista responde

Os aminoácidos isolados têm ganhado cada vez mais a atenção tanto de cientistas como esportistas e atletas amadores com relação às práticas de atividades físicas. Um dos motivos para isso é que se difundiram informações distintas sobre os efeitos desses nutrientes no corpo -- de pessoas que acreditavam que eram essenciais para o pós-treino até aquelas que restringem bastante o consumo deles.
 
"Nenhuma delas têm validade sem a orientação de um profissional", diz o nutricionista Diogo Círico, da Growth Supplements. "Só ele poderá saber se há necessidade de suplementos de aminoácidos, quais deles terão a melhor aplicação e atenderá as necessidades de cada um", completa.
 
Os BCAA e a glutamina são dois dos aminoácidos isolados mais conhecidos e utilizados por atletas amadores -- nas academias é uma febre e, em alguns casos, elas mesmas vendem os produtos aos seus clientes. A seguir, Círico explica as características e usos de cada uma delas.
 
BCAA
BCAA é uma sigla em inglês para "Aminoácidos de Cadeia Ramificada", nome que se deve ao fato da estrutura molecular destes nutrientes estarem ligadas de forma específica e diferente das demais. Ele possui três tipos distintos de aminoácidos: a leucina, valina e isoleucina, que são formulados de maneiras diversas por cada fabricante. Normalmente, os produtos no mercado brasileiro possuem mais leucina do que valina que, por sua vez, está em maior quantidade do que a isoleucina.
 
"A diferença real estará no indivíduo que irá consumir os BCAA: pessoas com boas condições físicas, que conseguem realizar treinos intensos e têm grande quantidade de massa muscular precisam de mais leucina do que dos demais. Já pessoas com pouca massa muscular e que estão em um nível iniciante de treinos estarão bem amparadas com a versão 2-1-1", explica o nutricionista.
 
O suplemento com BCAA já foi estudado exaustivamente por cientistas da nutrição esportiva, que demonstraram recentemente que ele é melhor aproveitado quando consumido antes e depois do exercício físico. Neste tipo de uso, os BCAA ajudam a reduzir o dano muscular causado pelo esforço, a reagir à fabricação corporal de proteínas, além de influenciarem na recuperação de células de defesa do sangue e manterem a concentração plasmática de glutamina elevada.
 
Glutamina
A glutamina, não menos famosa do que os BCAA, é indicada para o pós-treino. "É desperdício consumi-la em jejum pela manhã ou antes de dormir, mesmo que alguns médicos e nutricionistas indiquem. O fato é que, ao contrário de outros nutrientes (como os próprios BCAA), nosso organismo produz glutamina em situações especiais. Esta produção não atende as necessidades do corpo -- e é por isso que precisamos suplementar o orgânico", explica Círico. Uma sessão de treino intensa, por exemplo, é capaz de reduzir os níveis plasmáticos de glutamina no organismo ao invés de aumentá-los.
 
Exercícios com longa duração e períodos de treinamento exaustivos estão geralmente relacionados a redução dos níveis de glutamina sanguínea que, por sua vez, pode causar diminuir as atividades do sistema imunitário. Esse processo gerou até a hipótese de que glutamina poderia acelerar a recuperação da produção de força e reduzir picos de dor muscular pós-exercícios.
 
"De uma forma geral podemos dizer que a glutamina ajuda por estimular o sistema imune, enquanto os BCAA estimula a forma como o organismo trabalha com os danos musculares", explica o nutricionista da Growth.
 
"A quantidade a ser ingerida dos dois suplementos depende de aspectos como rotina de vida, rotina de treino, dieta consumida e características do metabolismo", finalizou.
 
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