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18/09/15 às 08:59

UFMT: Sem acordo, professores mantêm greve de 110 dias

A greve continua na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), após mais uma assembleia realizada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat), nesta quinta-feira (17). Durante o encontro foi avaliada a contraproposta do comando nacional de greve, que será apresentado para o governo federal. A UFMT está com as aulas paralisadas desde o dia 28 de maio.

O texto foi aprovado pelos grevistas com 32 votos a favor e traz como novidade, uma tabela salarial com um índice de reajuste de 19% a ser pago em duas parcelas sendo uma em janeiro de 2016 e a outra no mesmo período de 2017.

Um grupo de professores levantou uma proposta diferente da apresentada pelo Sindicato Nacional Dos Docentes Das Instituições De Ensino Superior (Andes), mas foi rejeitada com 13 votos. O texto sugeria uma suspensão da greve para uma negociação mais efetiva com o governo. Pela proposta, esse índice de reajuste defendido pela categoria seria de 10,8% até janeiro de 2017.

“Nós reafirmamos a necessidade de concursos públicos, bem como da manutenção e criação de prédios públicos de qualidade para as instituições de ensino. Precisamos da correção entre os níveis da carreira e que essa carreira seja minimamente atraente para os profissionais”, declarou o presidente da Adufmat, Reginaldo Araujo.

O texto apresentado pela Andes foi votado por todas as suas entidades de base nesta quinta-feira, e após a aprovação será encaminhado como contraproposta para o governo federal. 

Veja algumas das pautas que serão apresentadas pelos professores
Condicionar a possibilidade de acordo financeiro com vigência para 2016 e 2017 à aceitação, pelo governo, de promover reestruturação da malha salarial dos professores com parâmetros definidos em termo de acordo e fixados em lei, tendo como referência o índice de 19,7% já aprovado pelas assembleias.

Na atual negociação manter o piso de R$ 2.018,77 para possibilitar avanços na reestruturação da tabela de VB com degraus na sua evolução vertical e na relação entre regimes de trabalho.

Considerando-se que ainda existem classes e níveis, negociar degraus que venham a constar em acordo e em lei buscando elevar a relação entre piso e teto para cada regime de trabalho. 

Exigir que os termos de instituição de grupo de trabalho proposto pelo governo para tratar da carreira garantam o tratamento das questões estruturantes da proposta do Andes-SN, conforme acordado com a Sesu em abril de 2014.
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