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18/06/18 às 17:14

Brasil tem a menor taxa de alunos no Ensino Superior da América do Sul, diz OCDE

Apesar de avanços nos últimos anos, a educação brasileira ainda ostenta dados preocupantes. É o que mostra o relatório Education at a Glance 2017 (Um olhar sobre a educação, em tradução livre), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). O país tem a menor taxa de estudantes que fazem alguma graduação  entre os países da América Latina analisados.

De acordo com a pesquisa, o Brasil tem apenas 15% de estudantes entre 25 e 34 anos no Ensino Superior. Esse número é menor do que a média dos países da OCDE, de 37%, e de países como Argentina (21%), Chile e Colômbia (22%). Se a comparação for com os países do BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, no entanto, o país está mais bem colocado: a China tem 10%, a Índia, 11%, e a África do Sul, 12%.

Sobre os cursos mais buscados, o relatório mostra que 37% das graduações são nas áreas de negócios, administração e direito e 20% em pedagogia - uma das taxas mais altas, ficando apenas atrás de Costa Rica, com 22%, e Indonésia, com 28%. Cursos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática são os menos procurados pelos brasileiros, com uma taxa de 15% - a média da OCDE fica em 23%.

O relatório chama a atenção para a desigualdade gritante no país. Apesar de destacar que o território tem dimensões continentais e, portanto, as realidades são muito diferentes, a disparidade chega a uma variação de cinco vezes nos percentuais. Um exemplo é o Distrito Federal, que tem 35% dos jovens de 25 a 34 anos no Ensino Superior, enquanto a mesma taxa no Maranhão é de 7%.

Apenas 0,5% dos estudantes brasileiros fazem cursos no exterior - a média dos países da OCDE é de 6%. Em relação à distribuição desses alunos, quase 75% estão em instituições privadas, número elevado em relação à média dos países, que fica em 33%. Segundo o relatório, adultos que possuem diploma universitário tem 10% a mais de chances de conseguir um emprego e ganharão, em média, 56% a mais do que aqueles que só fizeram o Ensino Médio.
 
Cursos a distância
 
O Ensino a Distância é uma das modalidades que mais tem crescido no Brasil. Ela permite que os estudantes realizem um curso superior sem a necessidade de comparecer a um polo de ensino presencial - a metodologia e as avaliações são feitas por um ambiente virtual de ensino. De acordo com dados do Ministério da Educação (Mec), das 3,3 milhões de matrículas entre 2003 e 2013, um terço delas era em cursos a distância. A pesquisa ainda mostra que 86% dos cursos são de instituições particulares de Ensino Superior.
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