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12/06/18 às 14:29

As diferenças e os usos de joias, semijoias e joias fashion

As diferenças entre joias, semijoias e joias chamadas "fashion" estão em uma linha tênue, mas as joalheiras mundiais seguem estritamente as três categorias, o que pode ser visto nos leilões de peças de ouro, pedras de diamante e outros minérios utilizados na fabricação dos produtos. A prestigiada joalheria britânica De Beers fornece uma explicação detalhada em seu site sobre os usos e as distinções entre elas.
 
As joias (fine jewelry) são tipicamente reservadas para ocasiões especiais: casamentos, formaturas, aniversários, etc. Elas são catalogadas como "finas" porque as peças de ouros e as pedras de diamantes utilizadas para produzi-las são genuínas - perceptível pelo fato de jamais mancharem. Anéis dessa categoria podem ser ajustados e reparados facilmente por um ourives, porque quanto mais autêntico for o material, mais fácil ele é de se manusear.
 
As joias também estão entre as peças mais caras vendidas no mundo: a prestigiada casa de leilões britânica Sotheby's anunciou que vendeu no ano passado o par de brincos mais caros da história: US$ 57,4 milhões (R$ 202 milhões) por duas peças de diamante negociadas individualmente em um leilão em Londres em maio de 2017.
 
Da mesma forma, o diamante "Pink Star" se tornou, em abril do ano passado, a pedra mais cara do mundo, vendida em um leilão por US$ 71,2 milhões, incluindo os valores da premiação do comprador. A peça de 59 quilates é o maior diamante rosa certificado pela Diamond Grading Reports & Services (GIA) e foi negociada pela Sotheby's em Hong Kong.
 
Já as semijoias são consideradas "pontes" entre a alta joalheria e a joalheira "fashion", porque são normalmente banhadas, revestidas ou preenchidas com ouro autêntico, mas não são totalmente fabricadas com tais metais. Há peças feitas com pedras genuínas como opalas e morganitas, o que é suficiente para colocá-las em um padrão acima das fashions. Além disso, costumam ser produzidas com base em outro metal valioso no mercado: a prata, que tem uma grande durabilidade.
 
Algumas semijoias são feitas por laboratórios especializados em criar ou melhorar pedras com propriedades visuais semelhantes às genuínas - e finas -, mas que custam menos. "É importante que essas peças não podem ser usadas no banho, na piscina, para dormir ou para trabalhar: elas se desgastam", explica o ourives Ricardo Rainha, que coordena uma ourivesaria em São Paulo.
 
"É preciso ter cuidado também no uso de xampus e loções, porque quando em contato com a água, eles podem manchar as peças ao longo do tempo", completa. Para ele, as pessoas usam semijoias em jantares, encontros, reuniões, mas também no cotidiano - do trabalho ao “almoço de domingo”
 
Para ele, no entanto, essa é a categoria mais consumida pelas pessoas ao redor do mundo - e especialmente no Brasil. "Ela permite que as pessoas usem uma grande coleção que segue tendências mundiais, mas por preços em conta", diz.
 
Enfim, as joias "fashion" (fashion jewelry ou costume jewelry) são feitas com pedras não-preciosas e metais como bronze, cobre e latão, utilizadas para fabricar anéis, colares, brincos e braceletes. Elas ainda incluem algumas coleções produzidas com banho ou revestimento em ouro, mas uma base metálica de cobre ou latão. Pelo preço, são aquelas que as pessoas usam para trabalhar e estudar, por exemplo.
 
Em sites na Internet se tornou comum a venda de peças fashion desenhadas por designers autônomos, que usam esses materiais para produzir brincos, colares e anéis. Um dos benefícios desse tipo de joia é que eles podem ser polidos utilizando produtos encontrados em supermercados ou lojas do ramo. "Quando a peça começa a desgastar, é só ir a uma ourivesaria ou comprar um produto específico e aplicar", finaliza Rainha.
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