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19/04/18 às 12:53 | Atualizada: 19/04/18 às 12:58

2018 é um ano de altas expectativas para o mercado calçadista

O mercado  calçadista tem motivos para comemorar. Após três anos de queda nas vendas, o setor observou um crescimento na ordem de 3% em 2017. Para 2018, a expectativa é a mesma, embora o clima seja de cautela por causa dos feriados e eventos como Copa do Mundo e eleições. As informações foram divulgadas na 45ª edição da Couromoda, feira calçadista que lança mais de duas mil coleções de calçados e acessórios, pela Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados). O crescimento no varejo foi impulsionado pela queda na inflação.

 Para tanto, de acordo com o presidente da Couromoda, Francisco Santos, são necessárias condições econômicas favoráveis e ajuste das contas públicas, além de uma adaptação do setor ao mercado. “Essa é a melhor Couromoda dos últimos quatro anos e tenho convicção que, com o esforço conjunto dos empresários, iremos consolidar a posição do Brasil como um dos maiores produtores de calçados do mundo, o maior fora da Ásia”, disse, de forma otimista, à época.

De janeiro a outubro de 2017, a produção do setor calçadista havia crescido 3,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em relação ao mercado internacional, foram vendidos 127 milhões de pares por US$ 1,09 bilhão em 2017, o que representa um crescimento de 1,2% em pares e 9,3% em receita, o melhor resultado desde 2013.

O ponto negativo ficou com as vendas para os Estados Unidos, maior mercado importador de calçados brasileiros. A queda nas exportações para os americanos foi de 13,3%, com uma diminuição de 12,7% em receita (para US$ 170,2 milhões).

Apesar da queda de quase 9% no volume de vendas, o varejo brasileiro teve um incremento de 4,9% na receita, de acordo com a Associação Brasileira dos Lojistas de Calçados e Artefatos (Ablac). A estimativa é de um crescimento no faturamento na ordem de 3,5% em 2018. A expectativa é mais conservadora por causa do calendário com menos dias úteis neste ano.
 
Mercado infantil também é promissor
 
 Outro setor que parece inabalável é o de moda infantil. Apesar da crise política e econômica que assolou o Brasil nos últimos quatro anos, esse segmento continuou crescendo uma média de 8% ao ano. Em seis anos, houve um crescimento de 45,6% no volume de venda anual de produtos do segmento infantil no país, saindo de R$ 2,7 bilhões para R$ 3,9 bilhões, de acordo com a Euromonitor, empresa especializada em pesquisas de inteligência de mercado.

Segundo dados da IEMI, outra empresa de pesquisa de mercado, em 2017, a produção de vestuário infantil e bebê cresceu cerca de 3,1%, representando um incremento de 6,2% em receita no Brasil.
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