Imprimir

Imprimir Notícia

29/01/18 às 15:54 | Atualizada: 29/01/18 às 16:04

Delegado crítica juiz por soltar traficante: 'Cada dia mais difícil'

O delegado Wilyney Santana Rodrigues, de Barra do Garças, criticou a decisão do juiz Douglas Bernardes Romão, da 1ª Vara Criminal da cidade, que mandou soltar, durante audiência de custódia, uma mulher presa com droga escondida na vagina.
 
Conforme o delegado, a mulher foi detida em flagrante pela Polícia Militar no sábado (27), após denúncia de que tentaria entrar com a droga no presídio do Município. 
 
A PM encaminhou a mulher ao Pronto-Socorro Municipal, onde ela passou por uma revista pessoal.
 
Em seguida, ela foi levada para a delegacia da cidade e autuada por tráfico de drogas.
 
Durante a audiência de custódia no Fórum, porém, o magistrado entendeu que houve constrangimento na revista e mandou soltar a acusada.  Veja  a decisão abaixo. 
 
“Pessoal, a cada dia fica mais difícil controlar o índice de criminalidade em nossa cidade. Pasmem... Neste final de semana foi lavrado um APF por tráfico de drogas em Barra do Garças, onde a autuada escondia drogas nas partes íntimas e para tanto foi encaminhada até o Pronto Socorro Municipal para revista pessoal. A autuada, durante a audiência de custódia, teve o flagrante relaxado porque o Juiz entendeu que houve constrangimento na revista. Tirem suas próprias conclusões”, criticou o delegado em um texto publicado nas redes sociais.
 
Para ele, a decisão é um “balde de água fria” no trabalho dos policiais.
  
“Para quem tem princípios e procura fazer um trabalho sério a nível de segurança pública isso é um balde de água fria. A cada dia fica mais difícil trabalhar, pois sinto com tristeza que os valores estão sendo invertidos. Leva-se muito mais em consideração o direito do delinquente ao direito da sociedade, até porque uma pessoa que se propõe em colocar drogas dentro das partes íntimas não está preocupada com a sua dignidade. Decisão judicial não se discute... Cumpre-se, todavia o que faço neste momento é dar publicidade para que cada um tenha suas próprias conclusões”, pontuou.
 
Veja fac-símile da decisão:
Imprimir