MPF: Janot prorroga por mais 90 dias os trabalhos de investigação da Ararath
O Conselho Superior do Ministério Público Federal, presidido pelo procurador da República Rodrigo Janot, determinou a prorrogação, mais uma vez, dos trabalhos relativos às investigações da Operação Ararath – que já teve 7 etapas deflagradas em Mato Grosso. A última ocorreu em abril deste ano quando o ex-secretário de Fazenda Eder Moraes voltou a ser preso. Ele foi solto em agosto.
Pela decisão, o Ministério Público Federal passa a ter mais 90 dias para investigar os supostos crimes de lavagem de dinheiro, organização criminosa, gestão fraudulenta de instituição financeira, corrupção ativa, corrupção passiva, falsidade ideológica e falsificação de documento pública em Mato Grosso.
Essa é a segunda vez que a investigação é prorrogada. A primeira foi em 19 de fevereiro. Fazem parte da força-tarefa o procurador regional da República Gustavo Pessanha Veloso, da Procuradoria da República da 1ª Região (PRR1), e os procuradores da República Rodrigo Leite Prado, Ronaldo Pinheiro Queiroz, Vanessa Zago Ribeiro Scarmagnani e Denise Müller Slhessarenko.
As operações da Polícia Federal tiveram como alvo, especialmente, políticos e empresários. Entre os que foram presos estão Eder, por duas vezes; e José Riva, ex-presidente da Assembleia. A casa do então governador Silval Barbosa (PMDB) também foi alvo de mandados de busca e apreensão.
Caso
A Ararath investiga a existência de esquemas de corrupção, crimes financeiros e lavagem de dinheiro, por meio de factoring, que teriam provocado prejuízo de mais de R$ 500 milhões. Os principais organizadores do esquema seriam o empresário Júnior Mendonça, que aceitou fazer delação premiada, e Eder Moraes.
