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06/01/18 às 08:18

Bolsonaro será candidato a presidente pelo PSL

O deputado federal e pré-candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSC-RJ) anunciou nesta sexta-feira que concorrerá ao Palácio do Planalto pelo Partido Social Liberal (PSL). Bolsonaro e o PSL divulgaram um termo de compromisso, assinado pelo deputado e pelo presidente do partido, Luciano Bivar, em que anunciam o entendimento. O documento, no entanto, não fala em “filiação” do presidenciável.

“É com muito orgulho que o PSL recebe o deputado Jair Bolsonaro e sua pré-candidatura a Presidência da República. Outrossim, é com muita honra que o deputado se sente abrigado pela legenda, e muito à vontade em um partido onde existe total comunhão de pensamentos”, diz o texto.

O comunicado ainda afirma que as prioridades tanto para Bivar quanto para Bolsonaro são “o pensamento econômico liberal, sem qualquer viés ideológico, assim como, o soberano direito a propriedade privada e a valorização das forças armadas e de segurança”. “Preservar as instituições” e “defender os valores e princípios éticos e morais da família brasileira” também são citados no termo, que anuncia a unificação dos objetivos do PSL e os “desejos de mudança” de Jair Bolsonaro.



 
Presidente do PEN se diz ‘aliviado’ com saída de deputado
Fonte: Estadão

O presidente do PEN-Patriota, Adilson Barroso, se disse "aliviado" com a desistência de Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de ser o candidato por sua legenda. "Fiz das tripas o coração para tê-lo com a gente, mudei o nome do partido, mexi no nosso estatuto, dei mais de 20 diretórios para o grupo dele. Mas você não pode ser convidado para entrar em uma casa e depois querer tomar ela inteira para você, expulsando seus moradores originais", disse o dirigente.

Barroso afirmou que o relacionamento dele com Bolsonaro teria sido "envenenado" pelo advogado e assessor do deputado Gustavo Bebianno - que, segundo Barroso, queria tomar o "partido inteiro para o grupo de Bolsonaro".

 
O rompimento já havia se insinuado quando deputados da legenda se rebelaram contra o que chamavam de "fome" do grupo bolsonarista. Os deputados Walney Rocha (RJ) e Junior Marreca (MA) se posicionaram contra as mudanças no estatuto da legenda - principalmente aquela que impede alianças com partidos de esquerda (Marreca, por exemplo, é aliado do governador do Maranhão, Flávio Dino, que é do PCdoB).

Bem ao estilo Barroso, o presidente do PEN-Patriota já avisou que, sem Bolsonaro, pretende focar em convencer o ex-presidente do Supremo Joaquim Barbosa a sair candidato por seu partido.

‘Dono’. O cientista político Vitor Oliveir, do Pulso Público, afirmou que "a questão de Bolsonaro tem a ver com a forma de operação dos partidos políticos no Brasil". Para ele, o fato de os partidos terem "donos" cria dificuldades para Bolsonaro se impor como dono de uma legenda que não é dele.

Já para o também cientista político Rogério Battistini, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, "Bolsonaro não está sabendo fazer o jogo político e criando dificuldades para sua própria candidatura".

Battistini afirmou ainda que a vontade de ter controle absoluto sobre uma legenda só "pode minar os sonhos eleitorais de Bolsonaro". As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 
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