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01/12/17 às 18:30

Paixão Virtual - Servidora da AMM desaparece após viagem ao Oriente Médio

A auxiliar administrativo da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Juliana Cruz, é considerada desaparecida após ter viajado para Síria, no último dia 14 de novembro. O caso de desaparecimento só foi registrado na quarta-feira (29), após a família não conseguir mais contato com a moça. 

As informações são de que Juliana, que mora em Cuiabá, teria viajado para o país para se encontrar com um rapaz, de nome Sheraz Re. A Polícia Federal informou que existe uma investigação em andamento para descobrir o paradeiro da jovem.

Segundo a corporação, o caso já foi comunicado ao Consulado da Cidade de Damasco, na Síria – local aonde a jovem iria se encontrar com o rapaz. Em uma busca na rede social de Juliana é possível identificar que os dois trocam mensagens.

Em uma foto publicada pela auxiliar, o rapaz comenta uma frase “não podemos nos render”. Já na rede social de Sheraz RE , uma foto em que ele aparece com uma arma descreve frases referente a guerrilha que o pais passa atualmente. “Como é que vocês vivem aqui? Não estamos a viver, só estamos a adiar a morte, até que a vida nos assente. #sheraz?”, diz texto escrito em árabe pelo rapaz.
A postagem foi realizada em setembro deste ano. Na página de Juliana, a última postagem é com a localização do aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

Alguns amigos da moça tentaram entrar em contato com ela pela rede social, mas até o momento a jovem não respondeu. O chefe do Núcleo de Inteligência Policial, delegado Murilo Almeida Gimenes, informou que está em contato com a embaixada do Brasil na Síria e que a investigação segue sigilosa.

NOTEBOOK E GUERRA

A AMM, por meio de nota, informou que não houve nenhuma ação da Polícia Federal na instituição relacionada ao sumiço de Juliana Cruz. Porém, está fornecendo dados que possam a auxiliar a Polícia Federal a descobrir o paradeiro dela. “Com intuito de auxiliar nas investigações, o notebook que era utilizado pela funcionária, foi cedido para que a Polícia Federal possa extrair alguma informação relevante. Dentro do possível, a AMM está auxiliando a polícia, com as poucas informações que detém sobre o caso”, diz a nota. 

Segundo a associação, o retorno da servidora a Cuiabá já era para ter ocorrido. Já a volta ao serviço está prevista para a próxima semana. 

Localizada na Ásia Ocidental, a República Árabe da Síria está em guerra civil desde 2011 sob o comando do ditador Bashar al-Assad. O país é considerado um dos mais radicais em relação ao extremismo islâmico.
 
NOTA DA AMM
Associação Mato-grossense dos Municípios, esclarece sobre as notícias veiculadas sobre o suposto desaparecimento da funcionária Juliana Cruz. A AMM informa que não foi realizada nenhuma diligência pela Polícia Federal na sede da instituição para apreender o computador que era utilizado pela funcionária. Com intuito de auxiliar nas investigações, o notebook que era utilizado pela funcionária, foi cedido para que a Polícia Federal possa extrair alguma informação relevante. Dentro do possível, a AMM está auxiliando a polícia, com as poucas informações que detém sobre o caso.   
A funcionária Juliana Cruz não é assessora jurídica da AMM. Ela trabalha como auxiliar administrativo na Coordenação Jurídica da instituição. Juliana está em férias, com a previsão de retorno as suas funções na próxima semana.
A Diretoria e os funcionários da Associação Mato-grossense dos Municípios – AMM estão sensibilizados com o ocorrido com a funcionária Juliana Cruz e são solidários com toda a família neste momento de muita preocupação e angústia.  Juliana está supostamente desaparecida, pois teria que ter retornado esta semana da Síria, para onde viajou no início deste mês. Porém, não retornou e há dias não entra em contato com a família.
A AMM se solidariza com a situação, mas ressalta que em período de férias os funcionários têm liberdade para viajar para onde quiserem, pois se trata de uma decisão pessoal e particular. Porém, anseia que o caso seja esclarecido o mais breve possível na esperança de que a funcionária retorne ao país, bem como aos quadros funcionais da instituição.
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